Boiko Borisov, o ex-primeiro-ministro populista quer voltar ao poder
Sófia, 5 out (EFE).- O populista conservador Boiko Borisov, primeiro-ministro da Bulgária até fevereiro de 2013, quando renunciou durante uma onda de protestos contra sua política econômica, desponta como claro vencedor das eleições antecipadas no país e reivindica sua volta ao poder, se a aritmética partidária permitir.
Segundo os primeiros resultados oficiais Borisov ganhou um terço dos votos, menos que os 39% que obteve em 2009 quando chegou ao poder pela primeira vez.
No entanto, o antigo guarda-costas, chamado popularmente de Batman, continua sendo, com diferença, o político mais popular do país, ao duplicar hoje os resultados obtidos por seus rivais mais imediatos.
Em todo caso, uma pesquisa revelou recentemente que quase 60% dos búlgaros considera que seu retorno ao poder seria ruim para o país balcânico, o mais pobre da União Europeia (UE).
Borisov, de 55 anos de idade, abandonou o poder após uma onda de protestos que sacudiu o país em janeiro e fevereiro de 2013 pela insatisfação da população perante o baixo nível de vida, o alto custo da energia em pleno inverno e a corrupção política em geral.
O ex-guarda-costas do antigo ditador comunista Todor Zhivkov renunciou cinco meses antes do fim da legislatura, alegando que não queria dirigir um governo que estivesse manchado de sangue, em referência aos vários feridos em violentos confrontos entre a polícia e grupos de manifestantes.
De caráter impulsivo e imprevisível, Borisov é acusado por seus críticos de governar e dirigir seu partido de forma pessoal e autoritária, além de ter tido laços com o crime organizado.
Ao mesmo tempo, o líder do partido GERB é conhecido por suas ações populistas, como quando assinou contrato com a equipa de futebol da segunda divisão búlgara, Vitosha Bistritsa.
Nascido em 1959 em um subúrbio da capital Sófia, Borisov nunca teve reparos em empregar uma linguagem direta, e se considera um homem honesto, comunicativo e trabalhador.
Antigo bombeiro e policial, o líder do GERB também foi guarda-costas de Simeão II, o último rei da Bulgária e ex-primeiro-ministro, e prefeito de Sófia entre 2005 e 2009.
Borisov, que está divorciado e é pai de uma filha, entrou na política exatamente pelas mãos de Simeão II, que em 2001 lhe deu um alto cargo no Ministério do Interior. EFE
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