Bolivianos começam a votar para escolher seu presidente e renovar o Congresso

  • Por Agencia EFE
  • 12/10/2014 13h16

La Paz, 12 out (EFE). – As eleições gerais na Bolívia, as quais elegerão presidente e vice-presidente e renovarão o Congresso para o período 2015-2020, começaram com a abertura dos colégios eleitorais onde quase cinco milhões de bolivianos poderão votar neste domingo.

As 27.463 mesas de votação, divididas em 4.445 zonas eleitorais em todo o país, foram abertas às 8h (hora local, 9h de Brasília) e funcionarão até 16h (17h de Brasília), quando está previsto o fechamento dos colégios.

No total, 5.971.152 bolivianos estão aptos a votar nestas eleições, nas quais concorrem cinco candidaturas, entre elas a do presidente, Evo Morales, favorito à reeleição para um terceiro mandato até 2020.

Contra Morales concorrem pela cadeira presidencial o empresário Samuel Doria Medina, o ex-presidente Jorge Quiroga (2001-2002), o ex-prefeito de La Paz Juan del Granado e o indígena Fernando Vargas.

Mais de 50 mil policiais e militares garantirão o desenvolvimento normal do pleito, que transcorrerá com severas e tradicionais restrições que impedem viagens pelo território nacional, a circulação de veículos sem autorização expressa, o consumo e venda de álcool e eventos públicos.

No ato oficial de abertura da votação, a presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Wilma Velasco, convocou os bolivianos a comparecerem com “civismo” às urnas.

“Manter a vida democrática, a convivência democrática e o respeito pela opinião do outro hoje assume a forma de voto e isto é algo que quem busca nos representar não pode esquecer”, afirmou.

Wilma destacou a votação dos bolivianos residentes no exterior, que poderão escolher o presidente e o vice-presidente. O TSE do país habilitou para votar 272.058 pessoas residentes em 33 países, a maioria no Brasil, Argentina e Espanha.

Nas 67 cidades do exterior onde poderão votar os emigrantes bolivianos serão instaladas 1.200 mesas eleitorais administradas por 7.200 júris, segundo dados do órgão eleitoral. As primeiras mesas eleitorais foram as do Japão, Coreia do Sul, China e Índia, devido ao fuso horário.

A véspera das eleições foi marcada por agitação nas redes sociais, quando a conta oficial no Twitter da televisão estatal foi invadida.

Hackers publicaram que o presidente Evo Morales tinha sofrido um atentado e estava em estado grave e que as eleições estariam suspensas. Pouco depois, tuitaram que Morales tinha morrido.

A informação foi negada imediatamente pelo próprio presidente, que em seu reduto político e sindical de Chapare (centro) declarou à televisão estatal que estava bem e acusou a oposição de estar por trás dos boatos. EFE

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