Bombardeio israelense na Síria deixa 4 combatentes do regime mortos
Cairo, 18 jan (EFE).- Quatro combatentes partidários do regime sírio, dos quais pelo menos um era membro do grupo xiita libanês Hezbollah, morreram neste domingo em um bombardeio de um avião israelense na periferia da cidade síria de Al Quneitra, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A organização acrescentou que o bombardeio foi efetuado contra uma casa e dois veículos estacionados na porta do imóvel em uma zona agrícola da cidade, na fronteira com as Colinas de Golã, que são ocupadas por Israel.
O Hezbollah confirmou em um comunicado a morte de “vários” de seus membros no ataque e que a ação foi realizada por um helicóptero israelense.
A imprensa libanesa disse que Israel informou ter bombardeado elementos armados em Golã por terem preparado ataques contra seu território.
Entre as vítimas fatais do Hezbollah, segundo meios de comunicação locais, se encontraria Jihad Mugniyah, filho de Imad -chefe militar do grupo xiita assassinado em 2008 em Damasco na explosão de um carro-bomba atribuído pelo Hezbollah a Israel-, e um alto responsável da organização, o xeque Mohammed Issa.
Segundo o Observatório, civis podem ter morrido em função do ataque.
No dia 15 de janeiro, o líder do grupo xiita, Hassan Nasrallah, ameaçou responder “a qualquer momento” aos ataques de Israel contra a Síria, “que têm por alvo o eixo da resistência (Damasco-Teerã-Hezbollah)”.
“Os recorrentes ataques aéreos sobre diferentes alvos na Síria constituem uma grave violação e têm por objetivo não só esse país mas o eixo da resistência, que poderá decidir responder. Está em seu direito e pode ocorrer a qualquer momento”, disse Nasrallah em entrevista à rede de televisão “Al Mayadin”.
Na guerra síria, que desde seu início, em março de 2011, deixou 200 mil pessoas mortas, segundo a ONU, o grupo xiita luta ao lado das forças do regime do presidente Bashar al Assad. EFE
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