Bombardeios antes do fim da trégua deixam 3 mortos e 40 feridos em Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2014 19h23
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Gaza, 19 ago (EFE).- Pelo menos três palestinos morreram e 40 ficaram feridos em novos bombardeios israelenses na Cidade de Gaza nesta terça-feira, momentos antes do término do cessar-fogo de 24 horas que palestinos e israelenses pactuaram ontem.

O porta-voz para o Ministério da Saúde, Ashraf Al Qedra, notificou à imprensa que três pessoas morreram, incluindo uma criança e uma mulher, enquanto 40 foram feridos em um ataque aéreo sobre a região de Al Dalou, ao noroeste da Cidade de Gaza.

Al Qedra acrescentou que outras oito pessoas foram feridas anteriormente em diversos ataques nas regiões do norte, sul e centro da Faixa durante a tarde. Testemunhas afirmaram que os aviões de combate israelenses bombardearam com intensidade várias áreas da cidade.

O recomeço das agressões foi às 22h, duas horas antes do fim do cessar-fogo, como reação ao lançamento de foguetes por milícias palestinas a partir da Faixa.

As Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, divulgaram um texto reivindicando a autoria dos disparos de vários foguetes sobre Tel Aviv, em resposta aos ataques aéreos. Contudo, durante o dia, Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza, disse que seu grupo não era o responsável pelo lançamento dos primeiros quatro mísseis rumo a Israel que quebraram a trégua.

Izzat Al Rishq, membro veterano do Hamas e integrante da delegação palestina encarregada das negociações no Cairo, anunciou em comunicado à imprensa que desconsiderava a opção que um acordo fosse alcançado hoje.

“O mediador egípcio espera uma resposta do inimigo (Israel) às exigências palestinas. O cessar-fogo foi estendido 24 horas e terminará meia-noite, e acho que Israel não dará uma resposta antes desse horário”, expôs.

Por sua vez, Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas em Gaza, afirmou em outra nota que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está fazendo o possível para o fracasso das conversas.

“Portanto, a resistência palestina está estudando todas as opções possíveis”, considerou Barhoum, em referência ao cenário que se abriria caso não fosse renovada a trégua nem alcançado algum pacto. EFE

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