Bombardeios da coalizão matam 170 membros do EI na Síria nas últimas 48 horas

  • Por Agencia EFE
  • 19/05/2015 15h42

Beirute, 19 mai (EFE).- Pelo menos 170 membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) morreram nas últimas 48 horas após bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, na província de Al Hasakah, no nordeste da Síria.

As mortes foram confirmadas à Agência Efe nesta terça-feira por Nasser Hajj Mansur, porta-voz do Departamento de Defesa da região autônoma curdo-síria de Al Jazeera, onde fica Al Hasakah.

“Entre 170 e 200 integrantes do EI morreram pelos bombardeios da coalizão e pela ação das forças curdas e milícias cristãs na região”, afirmou Mansur.

No entanto, o Observatório Sírio de Direitos Humanos destacou que a maior parte dos jihadistas morreu em função dos ataques aéreos porque os soldados curdos só chegaram à região após o bombardeio.

O Pentágono, que costuma divulgar as baixas após as ofensivas, ainda não confirmou as informações.

Mansur afirmou que os ataques ocorreram na periferia da cidade de Tell Tamer, onde o EI enfrenta desde o final de fevereiro as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) e seus aliados.

Os curdos conseguiram avançar e tomaram hoje o controle da aldeia de Garra, ao sul de Tell Tamer. No entanto, Mansur afirmou que 12 povoados, cercados pelo YPG, ainda estão nas mãos dos jihadistas.

O EI iniciou uma ofensiva no final de fevereiro contra a região, após ser derrotado no mês anterior pelas forças curdas no enclave de Kobani, na província de Aleppo.

Após o início da ofensiva, os extremistas sequestraram mais de 200 pessoas em aldeias de maioria assíria, um grupo étnico cristão, em Al Hasakah. Segundo Mansur, ainda há entre 240 e 250 reféns, e as negociações entre as partes estão suspensas.

O EI pediu um resgate de US$ 23 milhões para a libertação dos assírios, o que provocou a interrupção das conversas porque os religiosos cristãos consideram que essa quantia é muito alta.

O porta-voz curdo afirmou que, até então, os reféns estavam sendo mantidos em Al Shadadi, uma das fortificações em Al Hasakah. No entanto, eles podem ter sido transferidos para um cativeiro desconhecido após a suspensão das negociações. EFE

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