Bombardeios do Exército causam morte de 32 insurgentes no Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 21/05/2014 02h54

Islamabad, 21 mai (EFE).- As Forças Armadas paquistanesas anunciaram a morte de 32 insurgentes em uma série de “ataques aéreos de precisão” realizados nesta quarta-feira na região tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do país asiático.

Em um comunicado remetido à Agência Efe, o exercito especificou que os ataques ocorreram durante a madrugada e que entre os mortos há “alguns comandantes” da insurgência talibã envolvidos em atentados recentes contra alvos civis e militares.

O jornal local “Dawn” elevou para 50 o número de mortos entre os insurgentes e informou que os ataques aconteceram nas aldeias de Mosaki, Zara Mela e Esorti, assim como em regiões do distrito de Miranshah.

As dificuldades de acesso aos lugares remotos e montanhosos do noroeste do país fazem com que seja quase impossível comprovar com fontes independentes as informações apresentadas pelas forças de segurança sobre os frequentes combates com a insurgência islamita.

O bombardeio de hoje acontece um dia depois do sequestro por parte de uma facção talibã de um cicloturista chinês na cidade noroeste de Dera Ismail Khan, muito próxima do cinturão tribal.

O principal grupo talibã, o TTP, e as autoridades do país iniciaram em fevereiro um processo de diálogo que se encontra atualmente em ponto morto após uma série de reuniões entre emissários de ambos os lados que levaram a uma trégua insurgente de pouco mais de um mês.

A continuidade das ações armadas de grupos ligados ao TTP, inclusive durante a trégua, provocou muita desconfiança entre o governo e as Forças Armadas, que nos últimos meses realizaram diversas operações aéreas como a de hoje.

Há um mês, o Exército relatou a morte de perto de 40 insurgentes após uma série de bombardeios da Força Aérea na região tribal de Khyber, no noroeste do país.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos da Paz, foram cometidos no país asiático mais de 1,7 mil atentados no ano passado, 61% deles de autoria do TTP e seus aliados, nos quais cerca de 2,5 mil pessoas morreram, um número 19% maior do que em 2012. EFE

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