Bombardeios do Exército matam 15 insurgentes no Paquistão
Islamabad, 21 jan (EFE).- Cerca de 15 insurgentes morreram em bombardeios realizados na noite de ontem pelas Forças Armadas do Paquistão na zona tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do país, informaram à Agência Efe nesta terça-feira fontes oficiais.
De acordo com um comunicado emitido pelo Departamento de Relações Públicas do Exército, os mortos estavam envolvidos em alguns ataques terroristas recentes, como o que matou 20 soldados no domingo em Bannu, no noroeste do país.
Segundo os militares, as informações também relacionam os insurgentes mortos com dois atentados contra uma igreja e um bazar na cidade de Peshawar, próxima ao cinturão tribal na fronteira com o Afeganistão, em que morreram 100 civis no total.
Os bombardeios foram realizados depois que o Exército recebeu informações de inteligência sobre a localização dos refúgios da insurgência. A ação das Forças Armadas também causou ferimentos em mais de 20 insurgentes, de acordo com a nota oficial.
Os bombardeios foram confirmados à Efe por fontes da administração local, mas as mesmas não puderam fornecer detalhes sobre o número e a identidade das vítimas.
As dificuldades de acesso às áreas remotas e montanhosas no noroeste do país tornam quase impossível a verificação com fontes independentes das informações apresentadas pelas forças de segurança sobre os frequentes combates com a insurgência islamita.
O Exército paquistanês sofreu nas últimas 48 horas dois duros golpes por parte do principal grupo talibã, o TTP.
Após o atentado contra um comboio que no domingo matou cerca de 20 soldados, seis militares morreram ontem em um ataque suicida cometido na cidade nortista de Rawalpindi, próxima do quartel-general das Forças Armadas.
O Paquistão viveu no último ano um notável aumento da atividade terrorista e que interrompeu uma tendência de queda que vinha desde 2010.
Nos mais de 1,7 mil atentados registrados em 2013, cerca de 2,5 mil pessoas morreram, 19% a mais que em 2012, segundo um relatório apresentado neste mês por um centro de estudos especializado, o Instituto Paquistanês para Estudos de Paz (PIPS, sigla em inglês). EFE
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