Bombardeios do Exército matam pelo menos 9 talibãs no Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 05h43

Islamabad, 22 fev (EFE).- Pelo menos nove insurgentes morreram neste sábado em vários bombardeios com helicópteros do Exército do Paquistão em refúgios talibãs no noroeste do país, dois dias depois que o governo suspendeu as conversas de paz.

“Recebemos informações que nove terroristas morreram nos bombardeios desta manhã”, afirmou o Exército paquistanês em um breve comunicado.

Os ataques, executados por quatro helicópteros do Exército, aconteceram em vários pontos da área de Tehsil Tal, no distrito de Hangu, disseram fontes não identificadas aos meios de comunicação “Geo” e “Dawn”.

Este é o segundo dia de bombardeios significativos contra os talibãs no Paquistão nesta semana, depois do realizado na quinta-feira pelo Exército na área tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do país, no qual morreram pelo menos 35 insurgentes.

Entre os mortos no bombardeio de quinta-feira estava o comandante talibã Abdul Sattar, que supostamente planejou o atentado contra um furgão policial na cidade de Karachi no dia 13 de fevereiro, quando 13 policiais morreram e outras 40 pessoas ficaram feridas.

O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, deu a ordem de bombardear os esconderijos da insurgência, apesar de o governo ter iniciado conversas de paz com o principal grupo talibã do país, o TTP, há duas semanas.

As negociações foram suspensas na quinta-feira pelo Executivo devido às contínuas ações armadas dos insurgentes.

Durante as negociações, 172 pessoas morreram em ações do TTP e seus aliados, segundo o “Geo”.

O Paquistão experimentou um notável aumento da atividade terrorista no último ano que interrompeu uma tendência de baixa iniciada em 2010.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos da Paz, no ano passado aconteceram mais de 1,7 mil atentados no país asiático – 61% deles cometidos pelo TTP e seus aliados – nos quais morreram cerca de 2,5 mil pessoas, um número 19% maior que em 2012. EFE

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