Bombardeios do regime sírio em Aleppo deixaram 40 mortos no fim de semana

Beirute, 13 abr (EFE).- Pelo menos 40 civis morreram e dezenas ficaram feridos desde sábado por causa de bombardeios da aviação do regime de Bashar al Assad contra várias regiões de Aleppo, a maior cidade do norte da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos nesta segunda-feira.

A ONG detalhou que aviões e helicópteros militares lançaram foguetes e barris de explosivos contra bairros como o de Al Maadi e contra a escola Jamil Qabbani nos arredores do distrito de Al Ansari, onde pelo menos nove pessoas, entre elas cinco crianças, morreram ontem.

Hoje a aviação militar teve como alvo um armazém de farinha e de ajuda humanitária perto da área de Yib Quebeh, na parte antiga da cidade.

Como consequência destes bombardeios, centenas de toneladas de farinha, pronta para ser distribuída nas padarias da cidade, se perderam.

Após o ataque de ontem contra o colégio, as autoridades rebeldes dos distritos sob controle opositor em Aleppo ordenaram o fechamento temporário das escolas.

A direção geral de Ensino e Educação, de oposição, emitiu uma circular dirigida “aos colégios, organismos educativos e institutos religiosos de Aleppo”, solicitando o fechamento de suas portas até o final desta semana para tentar garantir a segurança de estudantes e professores.

O comunicado justificou esta decisão porque “o regime criminoso tem como alvo complexos (educativos), colégios e institutos”.

Aleppo foi alvo de uma grande ofensiva dos insurgentes no final de julho de 2012 e de outras grandes operações posteriores, fazendo com que dominassem amplas áreas, embora não tenham conseguido tomar o controle total da província.

Segundo dados divulgados hoje pelo Observatório, pelo menos 184 civis e 67 combatentes de diferentes grupos opostos ao governo de Damasco morreram em ataques da aviação governamental em várias províncias do país desde o começo deste mês.

No total, o regime efetuou 1.429 bombardeios, 618 perpetrados com aviões e 811 com helicópteros que jogaram barris de explosivos.EFE