Bombardeios dos EUA matam 28 jihadistas na cidade de Mossul

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2014 14h03

 Pelo menos 28 combatentes do Estado Islâmico (EI) morreram neste sábado em bombardeios aéreos americanos e ataques das tropas curdas em Mossul, no norte do Iraque, informou à Agência Efe o general curdo Abdel-Rahman Kurini.

Desde a primeira hora deste sábado, aviões de guerra dos EUA ajudam os peshmergas, que lutam no terreno, a recuperar a represa de Mossul, sob controle insurgentes desde o dia 8 de agosto, e continuarão “dando constantes golpes” ao EI, disse Kurini.

O general detalhou que no ataque à represa morreram 23 dos 28 jihadistas e assegurou que informações dos serviços de inteligência confirmam que um grande número deles fugiram para a cidade de Talafar, 70 quilômetros ao oeste de Mossul, devido aos bombardeios dos EUA a posições do EI na região.

“Haverá um progresso significativo nas próximas horas e vamos recuperar o controle da represa”, advertiu.

O EI controla Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, desde o dia 10 de junho e luta no norte do país para ampliar seu declarado “califado”, como quando no último dia 5 tomou o povoado de Sinjar, o que desencadeou uma crise humanitária denunciada pela ONU.

A represa de Mossul é uma das principais reservas estratégicas de água do Iraque, com uma capacidade de vários milhões de metros cúbicos e está localizada 23 quilômetros ao sudoeste da cidade de Dohuk, na região do Curdistão.

Além disso, constitui uma ameaça importante para as cidades iraquianas caso ocorra um colapso da mesma, já que está situada em solo arenoso, motivo pelo qual necessita de uma contínua injeção de cimento.

Após a queda de Mossul e a debandada das tropas iraquianas, os peshmergas passaram a dominar áreas disputadas com Bagdá como a cidade petrolífera de Kirkuk, no norte do país, e tentaram conter o avanço jihadista na área.

Mais de 120 mil cristãos se deslocaram para escapar dos jihadistas das localidades de Qaraqosh (a maior cidade cristã do Iraque) e Telkif em direção às de Erbil e Dohuk. EFE

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