Bombardeios dos EUA no Afeganistão matam 85 supostos insurgentes do EI

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2015 20h46
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Cabul, 27 set (EFE).- Pelo menos 85 supostos insurgentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) morreram neste domingo em bombardeios das forças americanas quando participavam de um ataque simultâneo contra postos da polícia afegã na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

Na primeira ação deste tipo na zona, um grupo de insurgentes do EI atacou vários postos da Polícia Local e da Polícia de Fronteiras no distrito de Achin, fronteiriço com o Paquistão, disse Jamil Sultani, porta-voz da agência de inteligência afegã, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, em inglês).

Sultani apontou que o ataque começou por volta das 4h local (20h30, em Brasília) e que os insurgentes estavam equipados com armas leves e pesadas.

As tropas dos Estados Unidos bombardearam duas áreas do distrito, causando a morte de 60 atacantes em uma delas e 25 na outra, indicou Sultani, que contou entre os falecidos está Khalil Orakzai, um ex-comandante dos talibãs paquistaneses que tinha passado às fileiras do EI.

Sultani acrescentou que os 85 insurgentes eram cidadãos paquistaneses pertencentes ao grupo liderado por Hafiz Sayed Khan, o ex-governador do EI para a denominada região de Khorasan (Irã, Afeganistão e Paquistão) falecido em julho no bombardeio de um drone americano.

Nas últimas semanas, Nangarhar foi palco de graves enfrentamentos entre membros do EI e os talibãs, que mantêm uma luta pelo controle de várias áreas fronteiriças com o Paquistão.

O grupo da ONU para o acompanhamento da Al Qaeda publicou na sexta-feira um relatório no qual aponta que as duas formações disputam também o narcotráfico nesta região oriental.

Segundo as conclusões do estudo, o Estado Islâmico está recrutando seguidores em 25 províncias do país asiático, um extremo negado hoje pelo Ministério do Interior afegão, que garantiu que sua presença se limita a Nangarhar e a Helmand.

O Estado Islâmico invadiu recentemente o Afeganistão, o que altera o cenário de guerra dos últimos 13 anos, e o governo afegão estabeleceu unidades especiais para combatê-lo.

Os Estados Unidos mantêm desdobrados 9,8 mil militares até o final de ano como parte de sua missão “antiterrorista” no Afeganistão. EFE

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