Bombardeios em represália por corte de água em Damasco deixam 15 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2015 10h40

Cairo, 16 ago (EFE).- Pelo menos 15 civis, a maioria mulheres e crianças, morreram em bombardeios do regime sírio a uma aldeia dos arredores de Damasco, em represália pelo corte da provisão de água potável durante dois dias à capital, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O presidente da ONG, Rami Abdelrahman, explicou à Agência Efe que os helicópteros do Exército sírio lançaram ontem barris explosivos contra a aldeia Ain al Fiya, em mãos dos rebeldes e fonte da provisão de água.

O número de vítimas mortais inclui seis crianças e quatro mulheres, segundo Abdelrahman, que acrescentou que dezenas de pessoas ficaram feridas.

Estes ataques contra Ain al Fiya, situada na zona de Wadi Bardi, ocorreram antes que o fornecimento de água potável fosse retomado nos bairros de Damasco depois da meia-noite, após 48 horas de corte.

A facção rebelde islamita “Conselho dos Mujahedins de Wadi Bardi” tinha advertido em comunicado que “Damasco não terá água até que o regime criminoso cesse a ofensiva contra os habitantes da cidade de Al Zabadani”.

O grupo insurgente pediu, além disso, a saída do Exército e de seu aliado, o grupo xiita libanês Hezbollah, de Al Zabadani e seus arredores.

Essa cidade é uma estratégica população da periferia de Damasco, próxima à fronteira com o Líbano, que é palco desde 4 de julho de uma ofensiva das forças governamentais, apoiadas pelo Hezbollah, que tratam de expulsar os rebeldes.

Por outro lado, pelo menos dez pessoas perderam a vida hoje e outras ficaram feridas em bombardeios aéreos do regime sírio contra zonas da cidade de Idlib, no noroeste da Síria.

O Observatório não excluiu a possibilidade de que aumente o número de vítimas mortais porque há pessoas gravemente feridas.

A Síria é há mais de quatro anos palco de um conflito que deixou mais de 240 mil mortos.EFE

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