Bombas atingem mercados em áreas xiitas de Bagdá e matam pelo menos 36 no Iraque
Uma série de ataques com bombas atingiu mercados abertos em bairros de maioria xiita de Bagdá, nesta terça-feira (17), matando, pelo menos, 36 pessoas, afirmaram autoridades. O episódio é o mais recente entre ações dos militantes longe das linhas de combate no norte e oeste do país, onde as forças do Iraque enfrentam o Estado Islâmico.
Nenhum grupo reivindicou a autoria da agressão até o momento, mas ele leva as marcas do Estado Islâmico, que cometeu recentemente ataques na capital iraquiana e em outros locais. O grupo extremista controla áreas significativas no norte e oeste do Iraque, inclusive na segunda maior cidade do país, Mossul.
O atentado mais mortífero ocorreu no bairro de Shaab, no nordeste da cidade, onde, no mínimo, 28 pessoas morreram e 65 se feriram. Uma bomba explodiu perto do mercado a céu aberto e, após as explosões, um homem-bomba detonou outros explosivos que levava, em meio às pessoas que tentavam ajudar as vítimas, disse um policial.
Pouco depois, um carro-bomba atingiu um mercado de frutas e vegetais no bairro de Dora, também de maioria xiita, no sul da capital, matou oito pessoas e feriu 22, segundo outro policial. Autoridades do setor de saúde confirmaram o número de vítimas, mas todas pediram anonimato.
Locais comerciais e públicos em áreas dominadas pelos xiitas estão entre os alvos mais frequentes dos militantes sunitas que buscam minar os esforços do governo iraquiano para manter a segurança dentro da capital. Mas o Estado Islâmico não ataca apenas em Bagdá.
Mais cedo, trabalhadores do setor de petróleo retomaram o trabalho em uma usina de gás natural ao norte da capital, dois anos após um ataque coordenado dos extremistas deixar 14 mortos, segundo autoridade do Ministério do Petróleo.
Ataques do grupo mataram mais de 140 pessoas desde a semana passada no Iraque. Em 2014, os radicais declararam um califado islâmico no território que haviam conquistado no Iraque e na Síria. No auge de seu poder, estima-se que tenham chegado a controlar quase um terço do Iraque e da Síria. O governo iraquiano diz que, agora, o grupo se viu reduzido a 14% do território do Iraque.
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