Bombeiro civil morre após incêndio atingir Museu da Língua Portuguesa

  • Por Jovem Pan
  • 21/12/2015 18h58
SÃO PAULO, SP - 21.12.2015: INCÊNDIO NO MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA - Incêndio de grandes proporções atinge o no Museu da Lingua Portuguesa na região da Luz nessa tarde (21/12). (Foto: Ricardo Bastos /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1050460 Folhapress Incêndio no Museu da Língua Portuguesa

Um bombeiro civil morreu no incêndio que atingiu o Museu da Língua Portuguesa na tarde desta segunda-feira (21). O homem, que não teve a identidade revelada, era brigadista no museu e tentava combater o início das chamas.

A vítima foi retirada do local inconsciente e levada para o Hospital das Clínicas, onde teve uma parada cardiorrespiratória. A informação foi confirmada, em entrevista coletiva, pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Segundo o Corpo de Bombeiros, 37 viaturas e 97 homens estão no local para tentar conter as chamas. Ainda não existem informações sobre a causa do incêndio.

O incêndio teve início no primeiro andar, mas o último pavimento do prédio está completamente destruído. Os bombeiros tentam fazer uma espécie de confinamento das chamas para evitar que elas se propaguem.

Segundo atualização do perfil do Twitter do Corpo de Bombeiros, divulgado às 17h05, o incêndio está “controlado em fase de rescaldo”, no entanto, houve uma reignição das chamas.

Em entrevista ao programa Radioatividade da rádio Jovem Pan, o comandante Pavão, do Corpo de Bombeiros, reiterou que a tática da corporação é o confinamento das chamas. Questionado se a causa do incêndio seria um curto-circuito por conta das obras tecnológicas do acervo do Museu, ele afirmou que não é possível fazer prognósticos no momento. “Após o rescaldo teremos o trabalho da Polícia Técnico-Científica para fazer essa análise”, explicou. Apesar de não ser possível informar a causa, o comandante reafirmou que o incêndio teve início na instalação do Museu da Língua Portuguesa e não na edificação ao lado, onde fica a Estação da Luz.

O curador do museu, Marcelo Dantas, afirmou ao Radioatividade que a estrutura do prédio não é precária, mas sim “histórica” e “super bem feita”. “Eu não acredito que seja questão de falta de estrutura. Alguma coisa aconteceu fora do radar. O prédio é de concreto e o telhado de madeira. Eu não posso especular sobre a razão, mas me choco com isso tudo”, relatou.

Dantas assegurou ainda que o conteúdo do museu não está perdido. “O conteúdo todo é resgatável. A gente nao perdeu nada, isso é o bacana de um museu com essa linguagem [tecnológica] (…) A boa noticia é que todo o acervo do museu é duplicado. Ele tem como ser reconstituído na sua integridade”, explicou.

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