Braço armado do Hamas assume autoria de lançamento de foguetes contra Israel

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2014 16h55
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Gaza, 7 jul (EFE).- As Brigadas Izadim Al Qasem, braço armado do movimento islâmico Hamas, admitiu nesta segunda-feira, pela primeira vez desde que começou há três semanas o lançamento de foguetes procedentes de Gaza, que disparou “dezenas de projéteis” contra três localidades do sul e centro de Israel.

Em um comunicado enviado aos meios de comunicação, a milícia afirmou que lançou “dezenas de projéteis contra as localidades de Asdod, Ashkelo e Netivot em resposta à agressão sionista”.

Quase ao mesmo tempo, o jornal israelense “Haaretz” informou que o gabinete de segurança, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tinha decidido ampliar as operações contra o movimento islamita em Gaza.

“Pouco depois do gabinete de segurança decidir nesta segunda-feira intensificar seus ataques contra o Hamas e Gaza, uma série de 35 foguetes foi disparada por milicianos da faixa litorânea em poucos minutos”, disse o jornal.

Os alarmes antiaéreos foram escutados pela primeira vez no centro de Israel e em localidades próximas a Jerusalém, acrescentou a edição digital do “Haaretz”.

Nesta tarde, o exército israelense anunciou sua decisão de ampliar seu aparato militar na região com a convocação de 1.500 reservistas preparados para qualquer escalada de violência, explicou o porta-voz militar Peter Lerner em um comunicado.

Além disso, neste fim de semana Israel anunciou que tinha decidido reforçar sua presença militar em Gaza com tropas de infantaria e artilharia.

A tensão aumentou na região após o desaparecimento em 12 de junho de três estudantes israelenses na Cisjordânia, encontrados mortos a tiros na segunda-feira passada perto da cidade palestina de Hebron, crime pelo qual Israel responsabiliza o Hamas.

Desde então, mais de 200 foguetes foram lançados por milícias palestinas contra o sul de Israel, paralelamente a uma operação militar israelense contra o Hamas na Cisjordânia na qual foram detidas cerca de 500 pessoas, a maioria membros da organização.

A aviação israelense respondeu aos disparos com bombardeios sobre alvos islamitas em Gaza, ataques que causaram a morte a 11 milicianos -seis deles do Hamas e cinco do grupo radical palestino Jihad Islâmica- e de uma criança de sete anos.

Na sexta-feira, Cairo revelou que o Hamas e Israel tinham iniciado um diálogo com mediação do Egito para salvar a trégua assinada em 2012, após a operação militar Pilar Defensivo, iniciativa que foi considerada um “erro” pelo ministro israelense de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman.

O gabinete de segurança israelense está dividido sobre que resposta dar ao Hamas desde que foram encontrados os corpos dos três jovens judeus: uma parte pressiona para uma abordagem mais dura, enquanto outros defendem o comedimento. EFE

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