Bradesco informa que diretores prestaram depoimento à PF como testemunhas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/06/2016 09h56
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Divulgação/Banco Bradesco Divulgação Divulgação/Banco Bradesco

Em comunicado publicado nos jornais desta quinta-feira, 2, o Bradesco comunica que, em um dos inquéritos desdobrados da Operação Zelotes, foram indiciados três integrantes da direção e o diretor-presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco. Dois diretores do banco prestaram depoimento à Polícia Federal em São Paulo no âmbito do citado inquérito.

Segundo relatório da Polícia Federal, membros da diretoria do banco mantiveram contato com pessoas investigadas por crimes de corrupção ativa.

De acordo com o comunicado, os diretores esclareceram no depoimento que foram procurados por escritório de assessoria tributária que se ofereceu para advogar uma questão junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). “Desses contatos não se efetivou qualquer proposta, contratação ou pagamento, mesmo porque a pendência fiscal já se encontrava sob o patrocínio de renomados tributaristas”, alegou o Bradesco.

A instituição financeira informa que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade (6 X 0) e encontra-se, agora, submetido ao Poder Judiciário.

“O Bradesco informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza.”

No documento publicado em jornais, o Bradesco reitera que o indiciamento “tomou de surpresa a administração, considerando que os dois diretores foram ouvidos apenas como testemunhas e seu presidente sequer foi ouvido e tampouco participou de qualquer reunião com representantes do escritório de assessoria tributária”.

A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes que investiga compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). As investigações mostraram que o grupo investigado por supostamente corromper integrantes do Carf conversou com executivos do banco a respeito de um “contrato” para anular um débito de R$ 3 bilhões com a Receita Federal.

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