Brasil ajudará a Venezuela em seus planos de industrialização

  • Por Agencia EFE
  • 02/01/2015 13h47
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Brasília, 2 jan (EFE).- O Brasil ajudará a Venezuela em seus planos de industrialização, segundo afirmou nesta sexta-feira o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após uma reunião bilateral com Dilma Rousseff um dia depois da cerimônia de posse da presidente brasileira.

Em declarações aos jornalistas, Maduro disse que Venezuela e o Brasil pretendem “dinamizar” suas relações em todos os níveis e principalmente no âmbito dos investimentos e da cooperação industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar e farmacêutica.

“Já estamos articulados em bastante profundidade para planejar um processo de industrialização de maior nível tecnológico, de maior nível de investimento, no marco do Mercosul e da relação bilateral com o Brasil”, manifestou Maduro.

O líder venezuelano assegurou que tratou com Dilma sobre a baixa do preço do petróleo, o que cria problemas para Venezuela, pois a economia o país caribenho está muito centrada na extração e exportação de petróleo.

Nesse sentido, Maduro citou o programa econômico para 2015 que anunciou na terça-feira passada e com o qual pretende tirar a Venezuela da recessão.

Maduro sustentou que pretende aproveitar a baixa do petróleo para “motivar todo um país” para assumir seu plano de recuperação, diversificar a economia venezuelana e vencer a “guerra econômica” que julga que seu país está enfrentando.

Na reunião com Dilma, que durou cerca de meia hora, os líderes também acordaram retomar as reuniões bilaterais de periodicidade trimestral que mantinham seus respectivos antecessores, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o venezuelano Hugo Chávez, mas que foram interrompidas nos últimos anos.

No plano político, Maduro agradeceu Dilma pela “solidariedade” que o Brasil mostrou ao condenar as sanções que os Estados Unidos anunciaram a altos funcionários venezuelanos, através de um comunicado emitido na quinta-feira pela União de Nações Sul-americanas (Unasul).

As sanções fazem parte da Lei para a Defesa dos Direitos Humanos e Sociedade Civil da Venezuela, sancionada pelo presidente Barack Obama em dezembro, que prevê o congelamento de ativos e a proibição para emissão de vistos a um grupo de funcionários venezuelanos.

Estes funcionários foram apontados pelos Estados Unidos como responsáveis por violar os direitos humanos na repressão da onda de protestos antigovernamentais que a Venezuela viveu nos primeiros meses de 2014 e que deixaram mais de 40 mortos. EFE

mp/ff

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