Brasil anuncia objetivo de reduzir 37% das emissões entre 2005 e 2025
Nações Unidas, 27 set (EFE).- A presidente Dilma Rousseff anunciou neste domingo que o Brasil fixou o objetivo de reduzir 37% de suas emissões de gases do efeito estufa para 2025 com relação aos níveis de 2005.
Dilma revelou a meta, parte da contribuição que o Brasil levará em dezembro a Paris para conseguir um acordo internacional sobre mudança climática, em um discurso na sede das Nações Unidas durante a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável.
“Devemos reforçar a Convenção sobre o Clima, garantindo sua execução e o respeito de seus princípios”, disse a presidente, que comentou que na cúpula de Paris será acordado um sistema com “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.
Além dessa meta, Dilma indicou que as emissões poderiam ser 43% reduzidas até 2030.
Para isso, o Brasil garantirá que as energias renováveis, incluída a hidráulica, representem 45% de sua rede de geração energética, frente à média global de 13%.
Além disso, o país buscará eliminar totalmente o desmatamento ilegal na região amazônica e tentará resistir às emissões da poda legal, ao mesmo tempo que recuperará e reflorestará 12 milhões de hectares.
O plano brasileiro inclui também, entre outras coisas, a restauração de outros 15 milhões de hectares de gramados degradados.
Segundo as autoridades brasileiras, o país já conseguiu reduzir 41% de suas emissões de gases do efeito estufa entre 2005 e 2012, um corte maior do que o conseguido por qualquer outra nação.
Esse esforço, segundo disse Dilma, é feito sem “menosprezar o crescimento econômico” e continuará durante os próximos anos.
Nesse sentido, a presidente destacou que o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento que se fixou um objetivo absoluto de redução das emissões.
No âmbito do desenvolvimento, Dilma considerou que a nova agenda adotada pela comunidade internacional “estipula o futuro que todos queremos” e destacou os importantes conquistas contra a pobreza conseguidos já por seu país.
Como é tradição, a presidente brasileira fará amanhã o primeiro discurso nos debates anuais da Assembleia Geral, onde espera-se que insista na necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU. EFE
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