Brasil aumenta previsão de colheita recorde de grãos para 2015

  • Por Agencia EFE
  • 09/07/2015 12h48
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Rio de Janeiro, 9 jul (EFE).- O Brasil terá em 2015 uma colheita de 205,8 milhões de toneladas de grãos, um volume que aumenta as previsões de maio, que já apontavam para um recorde, e dissipa as dúvidas sobre a produção devido à grave seca do país nos primeiros meses, informou nesta quinta-feira o governo.

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano superará em 6,7% a de 2014 (192,9 milhões de toneladas), até agora a maior colheita na história do Brasil, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos.

Os cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) superam em 0,7% os divulgados em maio, ainda com a sequela da grave crise hídrica que ameaçou o abastecimento de algumas cidades e reduziu a níveis históricos a água nas represas usadas pelas hidrelétricas.

O organismo oficial apontou que a previsão da área que será colhida pelos produtores de grãos neste ano se mantém em 57,5 milhões de hectares, com um crescimento de 2% com relação a 2014 (56,4 milhões de hectares).

O arroz, o milho e a soja, os principais produtos do país, representarão juntos 91,9% da produção brasileira de grãos e 86,1% da área colhida, uma leve variação acima dos cálculos feitos há um mês.

O aumento da produção agrícola brasileira neste ano será impulsionado principalmente pela soja, cuja colheita representa quase metade de todos os grãos e será elevada até um recorde de 96,4 milhões de toneladas, 800 mil a mais do que o calculado em maio pelo IBGE e um avanço de 11,6% em comparação com 2014.

A produção de milho alcançará 80,3 milhões de toneladas, quatro milhões a mais do que as previsões anteriores de maio e de 2% frente aos números do ano passado.

O arroz, no entanto, apresentou uma redução de 3,5% da área cultivada, mas está previsto um aumento de 1,9% da produção neste ano.

Em outros produtos nos quais o Brasil se destaca em nível mundial, as previsões anuais são de um aumento de 1,7% do café da variedade arábica e de uma redução de 6,9% da laranja e de 1,5% da cana-de-açúcar.

O desempenho da produção agrícola no Brasil contrasta com os números negativos de outros setores afetados pela frágil economia do país, assolada por uma inflação em alta e previsões negativas de crescimento.

A divulgação de uma contração de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre confirmou as expectativas de uma retração para o ano de 1,2%, segundo cálculos oficiais, mas o crescimento de 4,7% do setor agropecuário evitou uma queda maior no período. EFE

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