Brasil diz esperar em breve o fim do embargo americano a Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 18h51

Rio de Janeiro, 18 dez (EFE).- O governo brasileiro se mostrou satisfeito com o anúncio de que Estados Unidos e Cuba retomarão suas relações bilaterais, e considerou a medida o fim de um dos vestígios da Guerra Fria, embora espere que o processo seja acompanhado por uma rápida suspensão do embargo americano à ilha.

” Felicitamos os Presidentes Raúl Castro e Barack Obama pela liderança, coragem política e visão estratégica que demonstraram com essa histórica decisão, que esperamos seja acompanhada do pronto levantamento do embargo”, afirmou em nota o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.

Os governos de Estados Unidos e Cuba, que não têm relações diplomáticas desde 1961, anunciaram na quarta-feira o início de um processo de diálogo para normalizar seus laços.

O Itamaraty desejou sucesso aos países nesse processo que porá fim ao último dos vestígios da Guerra Fria.

“A normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos – medida que está em perfeita sintonia com o chamamento unânime que se vinha fazendo no continente de que a próxima Cúpula das Américas contasse com a participação cubana – contribuirá para a consolidação da paz, da democracia e da prosperidade em nossa região”, acrescentou o comunicado.

De acordo com o governo brasileiro, o processo de normalização das relações bilaterais também reforça o compromisso do continente americano com o “diálogo entre Estados soberanos que que veem na cooperação o fundamento de uma ordem internacional mais justa em benefício de todos”.

O Itamaraty também felicitou o papa Francisco pela contribuição que ofereceu aos esforços diplomáticos que permitiram o anúncio da normalização de relações.

A presidente Dilma Rousseff, em um discurso ontem na cúpula de presidentes dos países do Mercosul na cidade argentina de Paraná, já tinha destacado o papel do pontífice no processo e a importância histórica do anúncio.

“Acreditávamos que nunca veríamos este momento de reinício das relações”, disse. “Este é um momento que marca uma mudança na civilização, mostrando que é possível restabelecer as relações”, acrescentou a presidente. EFE

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