Brasil e Argentina estão dispostos a mudar caráter do Mercosul, vê professor
Na próxima segunda-feira o presidente Michel Temer estará na Argentina em meio à polêmica do Mercosul envolvendo a Venezuela. O Brasil também trabalha para que o Mercosul derrube pelo menos 80 medidas classificadas como barreiras residuais entre países do bloco: atos de proteção de mercado que restringem o livre comércio, de acordo com o ministério de Relações Exteriores.
O professor da UNIP Gustavo Segré avalia que “parece difícil que a Argentina possa abrir mais o mercado” para o Brasil, já que “a Argentina comprou do Brasil muito mais do que vendeu” no primeiro semestre de 2016 – US$ 2,6 bilhões de diferença.
Porém, a viagem de Temer, na verdade, terá dois objetivos principais: “tanto na Argentina quanto no Paraguai, a tentativa de Teemer é falar sobre a Venezuela, um assunto que não pode fugir da agenda, mas fundamentalmente ver o que fazem com o Mercosul”.
Segré avalia: “tanto o Brasil quanto a Argentina estão simpatizando com a ideia de retrair o Mercosul a uma área de livre comércio”. Como livre comércio, o Mercosul não impossibilitaria países de fazer negócios bilaterais sem aprovação de todos os membros, como é hoje, já que a região é uma união alfandegária. Com isso, o Brasil poderia aproveitar melhor seu crescimento nas exportações, um dos maiores do mundo.
A Argentina está complicada do ponto de vista econômico, mas melhor do que estava no ano passado”, entende também o professor. Ele é otimista quanto ao futuro dos países do cone sul. Sagré crê que Brasil e Argentina vão vivenciar em 2017 e 2018 os “dois anos de ouro do Mercosul” que já ocorreram em 1997 e 1998.
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