Brasil e as transformações do mundo estão em exposição dos 75 anos da Efe
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São Paulo, 28 ago (EFE).- Os tons e cores do Brasil, sua inserção no mundo foram o pano de fundo da abertura, em São Paulo, da exposição fotográfica da agência internacional de notícias Efe para celebrar seus 75 anos.
A mostra “Efe 75: A história da primeira agência global em espanhol” foi inaugurada nesta quinta-feira na Sala de Arte da Torre Santander, na Vila Olímpia, com fotografias que percorrem a trajetória de três quartos de século de notícias.
“Estamos desde os anos 60 no Brasil e nossa presença agora, com toda a força, é um exemplo desta aposta”, comentou durante a abertura da exposição o presidente de Efe, José Antonio Vera, acompanhado da diretora da agência no Brasil, Carmen Gurruchaga.
Durante um mês, a agência espanhola oferecerá pela primeira vez ao público brasileiro uma viagem no tempo por meio das fotografias da maior agência de língua espanhola, com 75 imagens captadas em momentos cruciais da história mundial.
“A Efe é reconhecida, além de por seu trabalho jornalístico, como um meio de comunicação de frente da língua castelhana”, disse em discurso Rodrigo Tavares, assessor especial de assuntos internacionais do governo do estado de São Paulo, que representou o governador, Geraldo Alckmin.
Também assistiram ao evento de abertura Nunzio Briguglio, secretário de Comunicação da cidade de São Paulo, representando o prefeito, Fernando Haddad, e dezenas de personalidades do setor empresarial e político de várias cidades brasileiras.
A exposição apresenta uma seleção das coberturas da agência Efe, como grandes eventos esportivos, sociais e políticos, e também imagens de personalidades da cultura e da política internacional.
“A Efe sempre esteve presente em todos os momentos que marcaram a história nos séculos XX e XXI e para os brasileiros esta é uma aproximação muito importante com uma das maiores agências informativas do mundo”, declarou Dina Rocha, jornalista que visitou a mostra em seu primeiro dia.
Um dos achados históricos desta mostra surpreendeu visitantes e patrocinadores: a foto do encontro, em 23 de outubro de 1940 em Hendaya entre o ditador espanhol Francisco Franco e o alemão, Adolf Hitler, em plena Segunda Guerra Mundial.
A fotografia comprova que a imagem de Franco foi manipulada por seus colaboradores porque o original o mostrava mais baixinho do que o líder nazista. As duas fotografias serão expostas uma ao lado da outra.
O fotógrafo mexicano radicado no Brasil Aarón Cadena Ovalle, responsável museográfico da mostra, contou que “o paradigma de realidade e de verdade atribuído ao fotojornalismo como testemunha fiel é questionado desde sempre, não é uma coisa tão contemporânea como se acredita”.
Um retrato em branco e preto de Gabriel García Márquez, Nobel de literatura morto este ano, enquanto conversava com o então ministro de cultura da Espanha, Javier Solana, é outra das fotografias que abrem o primeiro bloco.
Pelas 75 imagens passam também personagens como o guerrilheiro cubano-argentino Ernesto Che Guevara, o ator e humorista mexicano Mario Moreno “Cantinflas”, o cineasta Orson Wells, os ex-presidentes Fidel Castro e Bill Clinton e os atuais Evo Morales, Dilma Rousseff, Mariano Rajoy e Barack Obama.
O Brasil está presente com fotografias da equipe de repórteres fotográficos da agência nas redações multimídia das sedes do Rio de Janeiro (Marcelo Sayão e Antônio Lacerda), São Paulo (Sebastião Moreira) e Brasília (Fernando Bezerra Júnior).
A mostra brasileira faz parte da exposição “Efe: 75 anos em fotos”, que percorre várias cidades espanholas e latino-americanas” com o patrocínio de Indra, Banco Santander, Prosegur, Telefônica, Gesaworld e Kreab & Gavin Anderson, além do apoio de Mistral, Metálicas Fergan e Air Europa. EFE
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