Brasil e China acreditam que banco dos Brics será criado em julho

  • Por Agencia EFE
  • 25/04/2014 18h37
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Brasília, 25 abr (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores da China, Wang Yi; e do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmaram nesta sexta-feira que confiam que o novo Banco de Desenvolvimento dos Brics, que seus países formam com a Índia, Rússia e África do Sul, será formalizado até julho.

O projeto, que está em discussão há quase três anos, aponta para a criação de uma instituição tombada a financiar o desenvolvimento dos países mais pobres, e sua criação pode ser oficializada durante a próxima cúpula dos Brics, que será realizado em julho em Fortaleza (Ceará).

“A construção do Banco de Desenvolvimento corresponde ao interesse de todos os membros e faremos todos os esforços para o seu estabelecimento”, declarou o ministro chinês, que concluiu hoje no Brasil sua viagem latino-americana que incluiu escalas em Cuba, Venezuela e Argentina.

Wang e Figueiredo também concordaram que os países que formam o Brics “continuam sendo os motores do crescimento” da economia mundial, apesar de alguns analistas internacionais colocarem em dúvida que possam manter seu impulso em curto prazo.

“Quem acha que os países emergentes perdem dinâmica, força e importância na economia mundial estão muito enganados”, declarou Figueiredo.

Ele comemorou os sinais de recuperação que as economias dos países mais desenvolvidos deram, e assegurou que isso “será muito benéfico” para as nações do Brics, pois ajudará a recuperar os mercados internacionais e, com isso, os fluxos de comércio.

Figueiredo contou que a presidente Dilma Rousseff convidou os líderes do Brics para chegar país alguns dias antes da Cúpula, prevista para 15 de julho, e assistir com ela à final da Copa do Mundo, no dia 13. Segundo Wang, o presidente da China, Xi Jinping, está inclinado a aceitar o convite e assistir a final antes de ir para Fortaleza, embora tenha esclarecido que uma decisão definitiva ainda não foi tomada.

O chanceler chinês confirmou, além disso, que, após a cúpula do Brics, o presidente irá a Brasília para uma visita de Estado e para assistir à cúpula que, nessa mesma cidade, realizarão China, Brasil e o quarteto da Comunidade de Estados Latino-americanos (CELAC).

O quarteto é formado por Costa Rica, Cuba, Equador e um representante da Comunidade do Caribe e, segundo disseram hoje à Agência Efe fontes diplomáticas, a cúpula será especialmente dedicada a fortalecer o “diálogo político” entre a China e a região.

Segundo Wang, essa cúpula deverá ser o “ponto de partida” para uma “muito maior” cooperação entre China e América Latina, uma região que considerou de uma “importância estratégica fundamental” para o gigante asiático. EFE

ed/cdr

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