Brasil e Peru se reúnem para coordenar ações de saúde na fronteira comum
Lima, 3 fev (EFE).- Os governos de Brasil e Peru estão coordenando trabalhos para estabelecer um plano binacional de saúde para permitir o controle de epidemias, a assistência e a saúde ambiental, assim como para fortalecer o controle do HIV-Aids nas populações da fronteira comum, informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde peruano.
Os temas são tratados por especialistas dos dois países que participam desde hoje em Lima na 4ª Reunião do Grupo de Trabalho Binacional sobre Cooperação Amazônica e Desenvolvimento na Fronteira.
Segundo a informação oficial, a reunião se desenvolverá até amanhã e procura estabelecer um plano de trabalho binacional na fronteira entre Brasil e Peru “a partir da revisão do cumprimento de compromissos anteriores” e fortalecer os trabalhos coordenados de saúde nessas zonas.
“O tema das fronteiras requer urgente atenção para se chegar às povoações mais vulneráveis, portanto, é importante esta reunião que busca fortalecer o trabalho coordenado de saúde nas fronteiras entre Peru e Brasil”, afirmou a executiva adjunta do Escritório Geral de Cooperação Internacional (OGCI, sigla em espanhol) do Ministério da Saúde peruano, Sonia Hilser.
A nota oficial acrescentou que os ministérios dos dois países formaram o “Grupo de Trabalho sobre Saúde na Fronteira do Grupo de Trabalho Binacional sobre Cooperação Amazônica e Desenvolvimento Fronteiriço Peru-Brasil”.
Inicialmente, foram desenvolvidos como eixos temáticos o controle epidemiológico, a assistência de serviços de saúde na fronteira e a saúde ambiental; e posteriormente se incluiu o fortalecimento dos programas de controle do HIV-Aids.
A diretora do Escritório Geral de Comunicações do Ministério da Saúde do Peru, Estela Roeder, recomendou que os comunicadores de saúde que trabalham nas fronteiras se reúnam para estabelecer uma visão comum, assim como para elaborar planos articulados, mensagens estratégicas e indicadores sobre as questões prioritárias.
“Já temos antecedentes com Chile e Bolívia, com os quais trocamos experiências e fortalecemos o combate à tuberculose, que é tratada de forma estratégica entre esses países”, destacou.
A funcionária também disse que Peru e Brasil têm que conseguir, “através da persuasão”, mudanças nas atitudes e hábitos dos habitantes das zonas de fronteira. EFE
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