Brasil é só o 38º entre 44 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2014 20h37

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgou nessa terça-feira o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) que, pela primeira vez, avaliou a capacidade de 85 mil estudantes de 15 anos, do mundo inteiro, para resolver problemas de matemática aplicados à vida real. O Brasil ficou em 38º de um total de 44 países.

Segundo a educadora e consultora da Jovem Pan, Andrea Ramal, o resultado é “uma pena”, mas é algo que vem se repetindo ao longo das avaliações internacionais. “O Brasil, já em matemática ficou nos últimos lugares, nas competências de leitura também, então não surpreende que tenha ficado na lanterna também nessa competência de resolução de problemas”, disse.

Na opinião de Ramal, o motivo disso é a falta de qualidade do sistema educacional brasileiro, que não consegue fazer frente a desafios importantes no mundo de hoje. Como a necessidade de uma didática mais adequada, professores mais capacitados e bem remunerados, escolas mais equipadas, onde o aluno passe mais tempo, e possa, sim, minimizar as desigualdades sociais que impactam na aprendizagem.

“No Brasil, essas desigualdades sociais vem há muito tempo impactando e gerando uma falsa ideia de que o aluno pobre não é capaz de aprender ou alunos que vêm de uma realidade desfavorecida têm menos capacidade, isso é um engano”, contou a educadora.

De acordo com Ramal, existe uma falta de continuidade nas políticas e na gestão, o que prejudica o setor do país. “Nos últimos dez anos, nós tivemos cinco ministros da educação. Então isso já mostra a pouca continuidade das metas colocadas e das pendências que queiram ser implantadas na educação. Agora, não falta só investimentos, não falta só recursos, falta uma gestão de qualidade. (…) O Brasil não gasta pouco, comparado a outros países, mas ele gasta mal”, explicou.

Confira a entrevista completa da educadora no áudio acima.

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