Brasil e Uruguai assinam acordo de integração da indústria naval

  • Por Agencia EFE
  • 15/05/2014 18h16

Montevidéu, 15 mai (EFE).- A produção da indústria naval uruguaia será considerada no Brasil como produto local e vice-versa, em virtude de um acordo assinado nesta quinta-feira entre ambos os governos para integrar esta indústria e suas cadeias produtivas.

O convênio foi assinado por representantes de ambos os países durante o I Encontro da Indústria Naval, Petróleo e Gás Uruguai-Brasil que começou hoje na capital uruguaia, onde foi destacado esse documento como um marco para o desenvolvimento regional.

O reconhecimento recíproco de produção local da indústria naval se estende também aos serviços e inscreve-se dentro dos trabalhos do Grupo de Alto Nível Uruguai-Brasil estabelecido pelos presidentes José Mujica e Dilma Rousseff para promover uma maior integração bilateral.

Segundo informou o Ministério de Indústria do Uruguai em comunicado, esta iniciativa faz parte de uma agenda com ações concretas para avançar na integração em áreas de capacitação, certidão e acordos público-privados tanto na cadeia produtiva naval como no setor do petróleo e gás.

O ministro interino de Indústria do Uruguai, Edgardo Ortuño, afirmou após a assinatura do acordo que se trata do resultado do “compromisso e da vontade de ambos os países” por uma maior complementação que abrirá “uma nova etapa de desenvolvimento industrial, gerador de trabalho”.

Ortuño acrescentou que os setores naval, de petróleo e gás, “importantes por si mesmos”, são além disso integrantes de cadeias de valor que podem se potencializar e “gerar crescimento”.

Além disso, Ortuño apontou que crescerá ainda mais dado o impulso que vive o setor dos hidrocarbonetos em toda a região. Junto a isto, terá importância no desenvolvimento de outros setores, como o transporte fluvial.

Para Ortuño, o Uruguai será beneficiado especificamente em três aspectos: a adaptação de novas tecnologias de sua indústria pelas mãos de investimentos estrangeiros, a ampliação de suas infraestruturas e o crescimento dos mercados.

Por sua vez, a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, Heloísa Menezes, lembrou durante a assinatura que este acordo de integração é o segundo do Mercosul, depois do relativo à cadeia automotiva, que gerou resultados positivos.

Os políticos lembraram, além disso, que tanto as recentes descobertas de petróleo na plataforma marinha brasileira como os bem-sucedidos chamados à exploração de seu território marítimo na busca de hidrocarbonetos realizado pelo Uruguai serão refletidas em uma “explosão do crescimento” nas áreas naval e de hidrocarbonetos e trarão “um enorme volume de investimentos”. EFE

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