Brasil pede hospitalização de réu brasileiro condenado à morte na Indonésia

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 09h08

Bangcoc, 3 fev (EFE).- A embaixada do Brasil em Jacarta solicitou nesta terça-feira a hospitalização do réu brasileiro Rodrigo Gularte, que aguarda sua execução no corredor da morte na Indonésia, porque foi diagnosticado com esquizofrenia.

Fontes diplomáticas disseram à Agência Efe que solicitaram à promotoria que Gularte, condenado à pena de morte após ser preso com 6 kg de cocaína em pranchas de surfe, seja internado em um hospital psiquiátrico, o que evitaria sua execução.

“Ele está mentalmente doente, foi diagnosticado com esquizofrenia. Segundo a lei indonésia, uma pessoa doente não pode ser executada”, disse um funcionário da Embaixada brasileira, que preferiu não revelar seu nome.

Segundo a delegação brasileira, Gularte está sendo “bem tratado” na prisão e, além da ajuda diplomática, alguns familiares também estão na Indonésia.

Na quinta-feira, o procurador-geral indonésio, Prasetyo, que como muitos indonésios só utiliza um nome, disse que estão preparados para executar mediante o pelotão de fuzilamento 11 réus, incluindo Gularte e outros seis estrangeiros.

Segundo o jornal “The Jakarta Post”, as execuções ocorrerão na ilha de Nusakambangan, na província de Java Central, no final de fevereiro, embora a Embaixada brasileira indique que não foi informada oficialmente.

“Estamos prontos. Só é questão de apertar o botão”, disse Ulung Sampurna, chefe de Polícia de Cilacap, regência onde se encontra Nusakambangan.

Em 18 de janeiro, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, chamou para consultas o embaixador brasileiro após apelar sem sucesso a seu colega indonésio, Joko Widodo, para que freasse a execução de outro preso brasileiro, Marco Archer Cardoso Moreira.

O embaixador brasileiro ainda não voltou para Indonésia e Dilma afirmou que o fuzilamento de seu compatriota afetaria as relações diplomáticas entre ambos países.

A Indonésia tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 são por narcotráfico, dois por terrorismo e 74 por outros delitos. EFE

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