Brasil quer antecipar acordo comercial entre Mercosul e Aliança do Pacífico
Brasília, 24 jul (EFE).- O Brasil proporá na Cúpula do Mercosul, que acontecerá na próxima terça-feira em Caracas, a antecipação para este ano da adoção de um acordo de livre-comércio entre o bloco e a Aliança do Pacífico.
O governo defenderá que o acordo para eliminar as tarifas entre os blocos entre em vigor até o final deste ano, e não em 2019, data inicialmente negociada, segundo disse em entrevista coletiva o subsecretário-geral para a América do Sul do Itamaraty, Antonio José Ferreira Simões.
O diplomata afirmou que a questão será discutida na Cúpula do Mercosul de Caracas e assegurou que Chile, Peru e Colômbia, países que integram a Aliança do Pacífico junto com o México, “já manifestaram desejo de trabalhar no sentido da liberação do comércio”.
No entanto, segundo o representante do Ministério das Relações Exteriores, um eventual acordo dependerá da vontade de seus sócios do Mercosul: Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai.
Simões não especificou a quantos setores poderiam ser aplicados o acordo de livre-comércio e só citou que a redução de tarifas poderia beneficiar a indústria e o comércio de produtos agrícolas.
A cúpula semestral do bloco de Caracas acontecerá com meio ano de atraso a respeito da data programada e contará com a participação de todos os presidentes do bloco, assim como a dos governantes de Bolívia, Nicarágua, El Salvador e Chile, segundo informou o anfitrião, o chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro.
Segundo Maduro, confirmaram presença a presidente Dilma Rousseff, e os líderes de Argentina, Cristina Kirchner; Paraguai, Horacio Cartes, Uruguai, José Mujica; e Bolívia, Evo Morales, cujo país está associado ao bloco e em processo de incorporação como membro pleno.
Também estarão em Caracas a presidente chilena, Michelle Bachelet; o salvadorenho, Salvador Sánchez Cerén, e o nicaraguense, Daniel Ortega. EFE
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