Brasil recebe mais dois mil médicos cubanos para trabalhar em áreas remotas

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2014 15h48
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Brasília, 27 jan (EFE).- A partir de amanhã, dois mil médicos cubanos desembarcarão no Brasil para se somar aos 5.400 profissionais da ilha que já participam do programa do governo “Mais Médicos”, que prevê a contratação de profissionais estrangeiros para atender as áreas mais remotas e pobres do país, informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde.

Este é o terceiro ciclo de profissionais que se integram ao “Mais Médicos”, que também conta com a participação de brasileiros e cidadãos de outros países.

Os médicos cubanos são esperados em grupos nas cidades de Brasília, São Paulo e Fortaleza, onde realizarão uma avaliação e um curso preparatório de três semanas antes de serem enviados aos seus respectivos destinos no início de março.

Os profissionais serão enviados a postos de saúde de 412 municípios e a oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Os cubanos e outros estrangeiros assumirão postos de trabalho que não foram preenchidos por médicos brasileiros em municípios isolados, aldeias indígenas ou áreas afastadas que não tem cobertura de saúde.

“Com esses novos médicos, somados aos que já estão atendendo a população nos municípios, serão 9,5 mil médicos atuando nas regiões mais necessitadas e atendendo as populações mais vulneráveis”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, citado em comunicado da pasta.

O programa “Mais médicos” conta atualmente com 6.658 profissionais distribuídos em 2.166 cidades e 28 distritos indígenas.

“O Mais Médicos já atinge 23 milhões de brasileiros que não tinham um profissional no seu bairro, na sua cidade, no posto de saúde perto de casa. Vamos chegar, até o final de março e início de abril, a quase 46 milhões de brasileiros sendo atendidos pelo programa”, acrescentou Padilha.

No final de outubro do ano passado, ao sancionar a lei que regulamentou a contratação dos estrangeiros, a presidente Dilma Rousseff agradeceu a rápida e efetiva resposta de médicos de diferentes países, principalmente latino-americanos.

O “Mais médicos” saiu do papel em resposta aos protestos que ocorreram em centenas de cidades de todo o país em junho do ano passado.

A participação dos cubanos tornou-se viável em virtude de um acordo assinado com Cuba sob as normas da Organização Pan-americana da Saúde (OPS).

O acordo foi destacado no discurso que Dilma, que está em Cuba, fez hoje durante a inauguração da primeira fase do porto de Mariel.

“Aproveito para agradecer ao governo e ao povo cubano pela enorme contribuição ao sistema brasileiro de saúde. A participação dos médicos cubanos é amplamente aprovada pelo povo brasileiro e é prova efetiva da solidariedade e da cooperação entre os dois países”, disse. EFE

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