Brasil se compromete com planos de segurança alimentar no Haiti

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 21h56

Brasília, 2 jun (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, recebeu nesta segunda-feira o chanceler haitiano, Duly Brutus, a quem ratificou o compromisso do Brasil com planos de segurança alimentar em desenvolvimento no país caribenho.

Os chanceleres não fizeram declarações a jornalistas, mas fontes consultadas pela Agência Efe disseram que passaram em revista diversos assuntos da agenda bilateral, com ênfase nos planos sociais de “rápido impacto”, como aqueles dirigidos a garantir a segurança alimentar no Haiti.

Em particular, Figueiredo ratificou o compromisso de seu país com o “LeT Agogo” (leite em abundância, em creole), que promove as compras governamentais de leite e alimentos a pequenos camponeses do Haiti e que dessa maneira promove a agricultura familiar.

Esse plano é desenvolvido em conjunto pelos governos do Haiti e do Brasil, com cooperação do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Figueiredo também explicou a Brutus as medidas que o Brasil adotou para tentar ordenar a chegada de imigrantes haitianos ao país, que em sua maioria ingressam de forma ilegal pela fronteira amazônica, atraídos por redes de tráfico de pessoas.

Segundo as fontes consultadas pela Efe, Figueiredo transmitiu a Brutus sua decisão de acolher imigrantes haitianos, mas também iniciou uma campanha em suas embaixadas em Porto Príncipe e em outros países, a fim de que tramitem os necessários vistos.

De acordo com dados oficiais, entre 2012 e março deste ano, 8.100 cidadãos haitianos obtiveram vistos para sua residência permanente no Brasil.

Os ministros também passaram em revista a atuação da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), cujo comando militar foi encomendado ao Brasil, que mantém nessa nação 1.433 militares e 18 policiais. EFE

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