Brasil será país de fora da Opep com maior aumento da produção em 2017
O Brasil deve ser o país com maior aumento da produção de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 2017. A projeção consta do relatório mensal divulgado na manhã desta terça-feira (12). A entidade prevê que sete novas plataformas da Petrobras aumentarão a produção diária brasileira em 260 mil barris de petróleo diários (BPD). Assim, o País terminará 2017 com uma produção média de 3,37 milhões de BPD.
Segundo a Organização, a produção da commodity fora do grupo deve cair 110 mil barris diários no próximo ano para média de 55,92 milhões de BPD. A produção brasileira, no entanto, deve ir na contramão, “Brasil, Canadá, pequenos produtores africanos, Congo e Malásia estão entre os maiores motores de crescimento, enquanto México, Estados Unidos, Noruega, Colômbia, China, Cazaquistão e Rússia são as principais razões para a queda”, cita o documento.
O detalhamento por país mostra que a Opep espera 260 mil novos barris diários no Brasil, ritmo quase duas vezes maior que o aumento da produção do Canadá, que deve aumentar 150 mil BPD no próximo ano. O grupo dos países que devem aumentar os volumes ainda conta com pequenos produtores africanos (aumento de 60 mil barris diários), e os já citados Congo (50 mil BPD) e Malásia (30 mil barris).
O órgão explica que a capacidade de produção brasileira vai aumentar, em 2017, porque há expectativa de que sete novas plataformas da Petrobras começarão a operar, “incluindo três no campo de Lula, duas no campo de Búzios, uma no campo de Lapa e uma na gigantesca área de Libra”, cita o documento.
2016
Para este ano, a Opep manteve a previsão de que a produção média do Paísl ficará em 3,10 milhões de barris diários. O volume representa aumento de 40 mil BPD na comparação com 2015 e não foi alterada na comparação com o documento de junho.
A entidade nota que a Petrobras retomou, em maio último, o funcionamento de duas plataformas paradas para manutenção, o que aumentou a produção em 20 mil barris diários que alcançou 3,12 milhões de barris, sendo que o pré-sal passou a marca de 1 milhão de barris diários, “a Petrobras optou por concentrar muito da sua manutenção, no início de 2016, após a queda do preço do barril para abaixo de US$ 30 em janeiro”, refere o texto, que menciona que essas manutenções reduziram a produção em cerca de 5% no período mencionado.
Na América Latina, a Organização prevê que a produção regional cairá para 70 mil barris diários, em 2016, para 5,12 milhões de BPD. A queda esperada agora é maior que a retração de 30 mil barris prevista em junho. A contração, explica a entidade, é gerada pelo baixo preço do petróleo, o que tem reduzido a velocidade de produção na região, especialmente na Colômbia.
“O Brasil é o único país da região que crescerá este ano. Por outro lado, a produção da Colômbia cairá em 70 mil barris diários, parando nos 960 mil BPD. Igualmente também há previsão de queda na Argentina, Trinidad e Tobago e outros latino-americanos”, cita o documento.
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