123milhas entra com pedido de recuperação judicial

Em comunicado, empresa esclareceu que optou pelo pedido para ‘assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos’ com seus clientes, funcionários e fornecedores

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2023 15h49 - Atualizado em 29/08/2023 15h52
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 123 milhas 123milhas Em documento, empresa diz acreditar que a recuperação será a maneira mais rápida de solucionar a situação

Em meio à polêmicas sobre a suspensão de emissão de passagens de sua linha promocional, a 123milhas entrou nesta terça-feira, 29, com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). O pedido foi confirmado à Jovem Pan pela própria empresa. No documento, a 123milhas diz que optou pelo pedido para garantir o cumprimento de suas obrigações legais e que acredita que a recuperação judicial permitirá soluções mais rápidas. “A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”, diz o comunicado.  A empresa diz ainda que está colaborando com as autoridades, fornecendo dados e esclarecimentos aos responsáveis pela situação “sempre que solicitado”. “A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”, finaliza a nota.

No dia 18 de agosto, a 123milhas suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais, afetando passagens com datas flexíveis da linha “Promo” já compradas. As viagens aconteceriam entre setembro e dezembro deste ano. A empresa informou que iria devolver os valor pagos pelos clientes através de vouchers, que poderiam ser usados para pagar passagens, hotéis e pacotes fornecidos pela própria empresa. “A decisão deve-se à persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, entre eles, a alta pressão da demanda por voos, que mantém elevadas as tarifas mesmo em baixa temporada, e a taxa de juros elevada”, disse a empresa em nota divulgada no dia da decisão. De acordo com a 123milhas, os demais produtos da empresa não foram afetados.

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