15 anos após crime, júri de empresário acusado de matar mulher começa nesta quarta
O júri do empresário Sérgio Nahas, acusado de matar sua mulher Fernanda Orfali, há 15 anos, foi marcado para o início da tarde desta quarta-feira (08) no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Nahas responde em liberdade à acusação de que pegou uma arma e atirou na direção do coração da então esposa, no apartamento que era do casal, no bairro Higienópolis.
O crime, cometido em 2002, teria tido como motivo a descoberta, por parte de Fernanda, de que o marido usava drogas e a traía com travestis. O empresário sempre negou ter assassinado Fernanda e, ao alegar inocência, sustentava que ela estava com depressão e havia se suicidado.
Recursos por parte da defesa e acusação fizeram com que o júri popular do empresário demorasse 15 anos para ser confirmado. O plenário do Fórum Criminal da Barra Funda está reservado por três dias.
Ao todo, dez testemunhas foram chamadas para serem ouvidas.
O juiz Luis Felipe Vizotto Gomes é quem dará a sentença a partir da decisão da maioria dos jurados, que podem absolver ou condenar o réu.
O empresário é acusado de homicídio doloso qualificado, pois teria dificultado e impossibilitado a defesa da vítima.
Caso seja condenado, Nahas pode pegar pena de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado. Entretanto, caso Nahas não seja julgado até 2023, o crime poderá prescrever.
Isso pode ocorrer já que, segundo o Ministério Público e a defesa de Fernanda, a defesa de Nahas pediu à Justiça a inclusão de um parecer técnico particular de cerca de 50 páginas no processo.
O crime
Fernanda foi morta no dia 14 de setembro de 2002, no quinto andar do apartamento que morava com o empresário, na Rua Brasílio Machado.
A acusação argumenta que Nahas matou Fernanda por se sentir ameaçado por ela após a descoberta da traição e uso de drogas, além da preocupação de uma eventual partilha de bens com um divórcio.
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