19 Estados e o DF estão em zona de alerta para ocupação de leitos de UTI Covid-19

Situação mais crítica é na capital federal, com 99% das vagas preenchidas; oito Estados também apresentam dados alarmantes, e outros 11 estão na faixa intermediária de preocupação

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2022 20h05 - Atualizado em 10/02/2022 20h06
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO - 07/01/2022 Rapaz é testado na rodoviária de Brasília Homem é testado em rodoviária da capital federal, onde 99% dos leitos de UTI Covid-19 estão ocupados

Um boletim da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira, 10, alerta para a situação alarmante nos leitos de UTI Covid-19 em 19 Estados do país e no Distrito Federal. Em comparação com o boletim relativo ao dia 31 de janeiro, o Tocantins entrou na lista de Estados que encontram-se com a taxa de ocupação igual ou superior a 80%. Já o Amazonas, em decorrência do aumento no número de leito disponíveis aos amazonenses, deixou a zona de alerta crítico e atualmente encontra-se abaixo da zona de alerta — quando o número de ocupação está abaixo de 60%. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a persistência dos altos níveis de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 é motivo de atenção. Na região Nordeste, há a possibilidade do turismo ter induzido o crescimento no número de leitos ocupados. Já o as capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo continuam em tendência de queda.

Os Estados que encontram-se com taxas em níveis críticos são: Distrito Federal (99%), Mato Grosso do Sul (92%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Piauí (87%), Tocantins (81%), Mato Grosso (81%) e Goiás (80%). Outros 11 estados encontram-se na zona de alerta intermediário: Pará (79%), Sergipe (75%), Santa Catarina (74%), Ceará (73%), Bahia (73%), Paraná (73%), São Paulo (71%), Rondônia (69%), Alagoas (69%), Acre (67%) e Amapá (63%). Por fim, sete estados estão fora da zona de alerta: Rio de Janeiro (59%), Amazonas (58%), Rio Grande do Sul (57%), Roraima (56%), Paraíba (52%), Maranhão (51%) e Minas Gerais (42%).

“Ratificamos a preocupação com o espalhamento da variante Ômicron em áreas de baixa cobertura vacinal no país e com recursos assistenciais complexos precários. São condições que podem propiciar a elevação do número de óbitos por Covid-19, mesmo considerando a menor agressividade da variante agora dominante. Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, ainda que a probabilidade de ocorrência de casos graves seja mais baixa”, afirma o boletim. A Fiocruz ainda ressalta a importância do avanço na vacinação contra a Covid-19, bem como a interrupção de práticas que impeçam o avanço da imunização, especialmente entre crianças e adolescentes, e afirma que a exigência do passaporte vacinal tende a estimular a vacinação.

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