‘A idade não impacta, mas carregar esse sobrenome é um privilégio’, afirma Gregory Kopenhagen Goldfinger

O caçula da família poderosa dos chocolates conta em entrevista exclusiva, como é gerenciar um império que se transforma com o mundo

  • Por Renata Rode (colaboração para a Jovem Pan)
  • 13/08/2024 14h59
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Divulgação Gregory Kopenhagen Goldfinger Gregory Kopenhagen Goldfinger é o caçula e CEO da nova marca da família

Eles tinham tudo para parar no sabor tradicional de chocolate, afinal, a marca Kopenhagen tem seu nome ao Sol e não é à toa. Porém, como a palavra visionários parece fazer parte da filosofia de vida desses empresários, Paulo, Chantal e Gregory Kopenhagen Goldfinger decidiram fundar a GoldKo, empresa brasileira produtora de chocolates, marshmallow, barras de proteína e sorvetes sem adição de açúcares. “Ao longo dos últimos dois anos, a empresa investiu mais de R$ 5 milhões para estruturar sua operação de franquias, e deve encerrar o ano de 2024 com 15 operações em funcionamento e pelo menos 30 novas operações mapeadas para 2025”, conta Greg, o caçula e CEO da nova marca.

É claro que aos 35 anos de idade essa função é de plena responsabilidade e o executivo garante que há, além de sinergia, uma hierarquia respeitada por todos dentro da empresa. “Como CEO acabo liderando todas as áreas da companhia, mas principalmente: vendas, financeiro e industrial. Meu pai fica com Pesquisa e Desenvolvimento e a Chantal com Comunicação e Franquias. Mesmo assim, quando se trata de P&D e as áreas da Chantal, cada responsável pela área tem a última palavra, e tem funcionado muito bem. Confiamos muito um no outro e damos total autonomia e liberdade para as decisões”, revela.

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Para Greg, não existe impacto com relação à idade e ele tem ciência da importância de seu sobrenome, que carrega de maneira quase orgânica. Aliás como diretor ele defende que o negócio em família, pelo menos entre eles, sempre dá e deu muito certo. “Nos dividimos muito bem como família no nosso negócio. E como nós 3 (Meu Pai, Eu e Minha Irmã) somos muito complementares, existe pouquíssimo conflito geracional. Inclusive, nosso Pai é bastante arrojado e muitas das inovações “fora da caixa” partem dele”.

Aproveitando a oportunidade, já que o tempo do empreendedor é raro, o Portal Jovem Pan realizou uma entrevista exclusiva com Gregory Kopenhagen Goldfinger.

A Goldko investiu R$ 5 milhões em sua operação de franquias. Como está o cenário atual? O que esperam para 2025?

Temos avançado a passos largos nesta frente. Vamos fechar o ano de 2024 com pelo menos 15 operações inauguradas e um cronograma de pelo menos mais 25 aberturas em 2025. Acreditamos muito na vertical de franquias, e estamos muito felizes com os resultados obtidos com as lojas inauguradas até aqui.

Consumir chocolate saudável virou uma tendência mundial?

Saudabilidade virou um tema mundial. Consequentemente, comer melhor e fazer escolhas mais conscientes impactam no consumo de chocolate. No fim do dia, as pessoas não querem fazer escolhas carregadas de culpa. E na GoldKo, ajudamos nossos clientes a fazerem escolhas melhores, gostosas e livre de culpa.

Vocês também expandiram o leque, estão com produtos inovadores como barra e sorvete sem açúcar, essa é uma estratégia nova de mercado?

Sim. Nossa estratégia é criar o maior e melhor ecossistema de indulgências saudáveis do mundo. Traduzindo: criaremos ao longo do tempo, os melhores e mais gostosos produtos de categorias correlatas ao chocolate, como é o caso do marshmallow, sorvete e barras de proteína. E com isso, traremos cada vez mais opções gostosas e saudáveis aos nossos consumidores.

De todos os produtos oferecidos, qual carro chefe e por que?

Nossos produtos com marshmallow por serem absolutamente inovadores. Fomos a primeira empresa a criar marshmallows cremosos e sem açúcar do mundo. E mais recentemente lançamos o primeiro marshmallow vegano cremoso do mundo. São produtos únicos. Ser o caçula de uma família tão poderosa pesa? Você já sofreu preconceito por carregar um sobrenome tão em evidência? Como lida com as cobranças?

Nunca sofri nenhum preconceito e honestamente não ligo muito para a carga do meu sobrenome. Estamos construindo a nossa história, à despeito do nosso sobrenome. É tudo novo e queremos fazer ainda melhor.

Empresa familiar dá certo? No mundo corporativo muita gente não concorda com isso. Como é pra você no dia a dia?

A empresa é familiar e a essência dela depende disso. Enquanto tem gente que acredita em negócios menos de “dono” aqui acreditamos exatamente no oposto: empresa 100% de dono, com gente muito mão na massa e que carrega a essência do negócio no DNA.

O que podemos adiantar sobre 2025 sobre a rede? Quais são seus desafios profissionais também?

É certo que 2025 será mais um ano de crescimento exponencial, na casa de 50% – e isso por si só já traz uma série de desafios: capacitação de pessoas, processos mais bem estruturados, produtividade industrial, etc. e com isso, nossa carga e capacidade de liderar é sempre colocada à prova. Mas nada como grandes desafios e humildade para aprender, e melhorar um pouco todo dia.

Dê 5 dicas para gerir um negócio, afinal você aprendeu muito com seu pai, certo?

Sem dúvida nenhuma. Se for para listar: resiliência; se cercar de pessoas melhores do que você; não ter medo de errar, mas errar pequeno; ser ousado / quebrar paradigmas; se cercar de pessoas mais experientes (como meu pai) para te dar conforto de que todos os problemas tem solução. Essa capacidade de se manter calmo vem com o tempo.

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