Situação da Febre Amarela nunca foi grave em São Paulo, rechaça secretário da Saúde
A cidade de São Paulo investiga 14 casos suspeitos de Febre Amarela e três pessoas estão internadas. A maioria está localizada na Zona Norte, região do Parque do Horto Florestal, que chegou a ser fechado após a confirmação de que macacos foram mortos por conta da doença. A Febre Amarela também se espalha pelo interior do estado. Somente em Jundiaí 67 macacos morreram em decorrência do vírus.
Em entrevista à Jovem Pan, o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, revelou que na verdade seriam dez os casos em análise, uma vez que quatro já foram excluídos. Além disso, um dos pacientes internados viajou recentemente à África. “Dos três que estavam internados só temos um. Esse é o único caso que tem uma suspeita clínica (…) Esse paciente que segue internado teve uma viagem para a África e pode ser que ele até tenha adquirido a doença fora daqui”, explicou.
Pollara destacou ainda que a situação da Febre Amarela nunca foi grave e está sob controle na capital. “Nós identificamos mais casos porque é o rigor da vigilância. Qualquer pessoa que tenha um caso viral ou gripal que passou pela região é considerada suspeita. Aí são realizados os exames. A qualidade da pesquisa aumenta quando há essa suspeita de infecção”, destacou.
O secretário recomenda que a população busque a imunização, uma vez que houve redução na procura e a meta é vacinar 1 milhão de pessoas. “Estávamos vacinando 60 mil pessoas por dia e agora caiu pela metade (…) É importante que nós formemos esse cinturão de proteção para o resto da cidade”, admitiu Pollara.
Vale ressaltar que crianças com menos de seis meses de idade e idosos acima dos 65 anos não devem tomar a vacina. “Nesses casos o risco é maior do que a proteção que eles vão ter (…) A vacina pode dar complicações”, ressaltou o secretário municipal.
Macacos mortos
Já sobre o alto número de macacos mortos, Wilson Pollara afirmou que macacos morrem todos os dias por várias causas, mas o problema é identificar o vírus no animal morto. “Esse macaco tem que ser examinado e identificado. A Vigilância Sanitária coleta as amostras e identifica se há a presença do vírus ou não”, finalizou.
*Com informações do repórter Thiago Uberreich
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