Acareação entre delatores da Lava Jato deixou de ser gravada em áudio ou vídeo

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2016 08h21
Montagem/Reprodução e Agência Brasil Julio Camargo

Um documento entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, revelou que uma acareação entre delatores da Lava Jato deixou de ser gravada em áudio ou vídeo.

A acareação entre o executivo Julio Camargo e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa é referente a um inquérito que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No ofício, Rodrigo Janot informou ao ministro Teori Zavascki que ocorreu uma “impossibilidade de ordem técnica” na acareação.

A constatação ocorre após o jornal Folha de S. Paulo divulgar nesta sexta-feira (29), que três depoimentos de delatores não foram gravados pela PGR. Além destes, mais dois – incluindo um depoimento do empreiteiro Salim Schahin – também não tiveram registros.

Desta forma, passam a ser seis os depoimentos que não possuem quaisquer tipos de registros. São eles: Fernando Moura, Alberto Youssef, Rafael Angulo, Carlos Alexandre de Souza Rocha, Júlio Camargo e Schahin.

Apesar de não ser uma exigência legal, a gravação do depoimento de investigados ou colaboradores consta no Código de Processo Penal e na lei de 2013 que trata da delação, e indicam que o recurso deve ser usado “sempre que possível”.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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