Acusados pelas mortes no incêndio da boate Kiss vão a júri popular em março

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2020 14h02 - Atualizado em 17/01/2020 15h03
EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO CONTEÚDO boate kiss 242 pessoas morreram no incêndio que atingiu a boate Kiss

Os acusados pelas 242 mortes no incêndio da boate Kiss, que completa sete anos no fim deste mês, serão julgados a partir de março. A decisão foi confirmada pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria (RS).

Luciano Augusto Bonilha Leão, Marcelo de Jesus dos Santos e Mauro Londero Hoffmann vão a júri popular em no dia 16, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O júri de Elissandro Callegaro Spohr, que deve acontecer em Porto Alegre, ainda não tem data marcada. O caso foi transferido para outra comarca após uma decisão da 1º Câmara Criminal do Tribunal de justiça do Rio Grande do Sul.

Mauro e Elissandro eram sócios na casa noturna, já Marcelo e Luciano faziam parte da banda Gurizada Fandangueira, que apresentou um show pirotécnico na noite do incêndio. Eles foram denunciados por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e emprego de meio cruel – 242 vezes, e tentativa do mesmo crime por mais 636 vezes – número de sobreviventes identificados.

Júri popular

A decisão de mandar os acusados a júri popular foi tomada pelo Superior Tribunal Federal (STF) em junho, pelo entendimento de que havia “indicação de evidência suficiente sobre o aventado dolo eventual nas condutas dos réus”.

Após a decisão, Louzada decidiu dividir o julgamento dos réus – Marcelo e Mauro seriam julgados em março, Elissandro e Luciano em abril. Os acusados recorreram e, por determinação da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Elissandro acabou transferido para outra comarca.

Incêndio

O incêndio na boate Kiss aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, e chocou o país por suas proporções. 242 pessoas morreram, grande parte por asfixia, e 636 ficaram feridas.

O show pirotécnico promovido por um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira foi apontado como causa para o fogo. Quase mil jovens participavam de uma festa universitária na casa noturna, que estava com o alvará de funcionamento vencido.

* Com informações do Estadão Conteúdo.

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