Acusados pela morte de Marielle Franco e Anderson Gomes vão a júri popular
No próximo sábado (14), o crime completa dois anos. A vereadora e o motorista foram vítimas de uma emboscada no Rio de Janeiro
A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira (10) que os acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes deverão ir a júri popular.
De acordo com a Justiça, o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz, acusados do crime, permanecerão em prisão preventiva. “Permanecem íntegros e inalterados os fundamentos da prisão preventiva”, ressalta a decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil.
Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março de 2018. No próximo sábado (14), o crime completa dois anos. Ela foi eleita como a quinta vereadora mais votada do estado do Rio de Janeiro em 2016.
Ronnie e Élcio são réus por duplo homicídio. De acordo com a decisão, o crime é triplamente qualificado com relação a Marielle por envolver motivo torpe, uso de emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já na morte de Anderson Gomes, o juiz tipificou como homicídio duplamente qualificado devido ao uso de emboscada e recurso que dificultou a defesa.
Os dois réus ainda devem responder por tentativa de homicídio contra a assessora de imprensa Fernanda Gonçalves Chaves, que acompanhava Marielle e Anderson na noite dos assassinato e sobreviveu.
A decisão desta terça atende ao pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) à Justiça do Rio, que solicitava o uso do Tribunal do Júri para o caso.
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