Advogado de Ciro Nogueira descarta possibilidade de prisão

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2018 16h02 - Atualizado em 24/04/2018 16h13
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Homem de terno olhando para o lado Advogado do senador, Kakay garantiu que não trabalha com a hipótese de prisão

Na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Federal, juntamente com a Procuradoria Geral da República (PGR), cumpriu mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Edson Fachin, no gabinete e no apartamento do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Participando de evento na cidade de Bruxelas, na Bélgica, o senador foi notificado do desenrolar da operação por seu advogado, que descarta qualquer possibilidade de prisão.

“Acredito que não exista qualquer chance. A busca e apreensão que foi feita no gabinete foi absolutamente tranquila. Na casa, não levou quase nenhum documento, apenas um montante que estava no cofre. No gabinete, não foi apreendido qualquer documento que tenha algum tipo de importância. Nós não estamos nem sequer cogitando a hipótese de prisão, até porque o senador nega qualquer tipo de movimento que possa ser interpretada como obstrução”, afirmou Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado do senador, em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

“Quando o comuniquei, ele conversou comigo perplexo. Evidentemente, nega peremptoriamente qualquer hipótese de ameaça, de ter tentado interferir. Conheço bastante o Ciro, isso não faz parte da personalidade dele. Sempre se apresenta prontamente quando é chamado pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Agora, ele é o maior interessado em saber o que está acontecendo. Ele vai mandar uma procuração para que eu possa questionar sobre os motivos tanto do MP quanto da busca e apreensão. O que ele me garantiu é que, em momento algum, qualquer coisa que ele fez pode ser interpretado como ameaça ou tentativa de obstrução”, garantiu Kakay.

Em relação as provas, o advogado revelou que a defesa ainda não teve acesso ao pedido do Ministério Público e nem a decisão do ministro Edson Fachin, mas que a solicitação já foi feita. Além disso, garantiu que o senador está seguro de sua inocência e viu o mandado de busca e apreensão com certa indignação.

“Qualquer cidadão se vê atingido quando há uma ação como essa, que é uma medida invasiva. Agora, ressalto que a Polícia Federal agiu com muita elegância, de uma forma correta, cumprindo a determinação do STF. De nossa parte, vamos levar adiante essa investigação para esclarecer tudo o que for necessário”, finalizou.

 

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