Aécio diz que delatores “forjaram situação criminosa” e que recorrerá de decisão do STF

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2017 17h49
EFE/Fernando Bizerra Jr. EFE/Fernando Bizerra Jr. O texto diz que Aécio aguarda "serenamente" que seus advogados encaminhem sua defesa para recorrer da decisão

Aécio Neves quebrou o silêncio, nesta quarta-feira (27), após ser afastado pelo STF do exercício das funções parlamentares e colocá-lo em recolhimento domiciliar noturno.

Em nota enviada à Imprensa, o senador afastado afirma que não foi exercido o seu “direito elementar de defesa” e reforça que as gravações nas quais aparece “foram feitas de forma planejada a forjar uma situação criminosa”.

O texto diz que Aécio aguarda “serenamente” que seus advogados encaminhem sua defesa para recorrer da decisão e que espera que seu mandato seja restabelecido.

Julgamento

No julgamento da última terça-feira, Fux, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber votaram pelo afastamento de Aécio das funções parlamentares. Marco Aurélio Mello – que em junho derrubou as medidas cautelares impostas por Fachin – e Alexandre de Moraes se posicionaram contra o afastamento do tucano.

Aécio é acusado de ter aceitado propina de R$ 2 milhões repassada por executivos do Grupo J&F, dos empresários Joesley e Wesley Batista, a um primo e a um auxiliar parlamentar.

A Primeira Turma do STF também decidiu proibir Aécio de se ausentar do País e de entrar em contato com qualquer outro investigado no caso J&F. A decisão não cassa seu mandato e, por isso, não retira o foro privilegiado nem sua imunidade parlamentar.

Nota à Imprensa

O senador Aécio Neves entende a decisão proferida por três dos cinco ministros da 1ª Turma do STF como uma condenação sem que processo judicial tenha sido aberto. Portanto, sem que sequer ele tenha sido declarado réu e, o mais grave, sem que tenha tido acesso ao direito elementar de fazer sua defesa.

As gravações consideradas como prova pelos três ministros foram feitas de forma planejada a forjar uma situação criminosa. Os novos fatos vindos à tona comprovam a manipulação feita pelos delatores e confirmam que um apartamento da família colocado à venda foi oferecido a Joesley Batista para que o senador custeasse gastos de defesa.

Usando dessa oportunidade, o delator ofereceu um empréstimo privado ao senador, sem envolver dinheiro público ou qualquer contrapartida, não incorrendo, assim, em propina ou outra ilicitude.

O senador Aécio Neves aguarda serenamente que seus advogados tomem, dentro dos marcos legais, as providências necessárias a buscar reverter as medidas tomadas sem amparo na Constituição. E confia que terá restabelecido o mandato que lhe foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros.

Assessoria do senador Aécio Neves

 

*Com informações de agências

 

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