Alckmin defende que PSDB feche posição ao votar denúncia contra Temer

  • Por Tiago Muniz/Jovem Pan
  • 27/06/2017 12h39
Reprodução/TV NBR Michel Temer e Geraldo Alckmin se reúnem no Palácio dos Bandeirantes

Geraldo Alckmin defende que a bancada do PSDB na Câmara vote unida no caso da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. O governador de São Paulo deu a declaração nesta terça-feira (27) no Palácio dos Bandeirantes depois de fazer um anúncio de investimentos em rodovias.

O tucano avalia que a ação movida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é grave. Ele ressaltou, no entanto, que denúncia não é condenação. “Há uma denúncia e ela precisa ser apurada”, diz Alckmin.

O governador diz ainda que, quando a denúncia for levada a plenário, o PSDB não deve liberar a bancada. “Eu defendo que não abra a bancada. Que a decisão seja de partido, que não libere a bancada”, afirmou. 

Apesar disso, o tucano não quis dizer exatamente qual é a posição que ele efetivamente acha que o partido deve tomar no caso. Alckmin voltou a defender a necessidade de que o Congresso continue tocando as reformas trabalhista e previdenciária.

O líder da sigla na Câmara, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), disse em entrevista à Jovem Pan na segunda que sente que “a maioria, senão a totalidade dos deputados votará pela admissibilidade da matéria (denúncia)”.

Denúncia

O presidente Michel Temer e o ex-deputado Federal Rodrigo Rocha Loures foram denunciados nesta segunda (26) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva. De acordo com a procuradoria, Temer usou o cargo para obter propina de R$ 500 mil oferecida pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F.

Só que o andamento do processo contra Temer depende de uma autorização na Câmara dos Deputados para que a ação seja remetida ao STF. O processo é primeiramente analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da casa e depois vai a votação no plenário ondeé necessária a adesão de pelo menos 342 parlamentares. 

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