Alcolumbre diz que não tem proposta para reeleição no Senado

Ele afirmou, no entanto, estar à ‘disposição’ caso algum colega queira se movimentar em prol disso

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2019 15h56 - Atualizado em 20/12/2019 16h27
Geraldo Magela/Agência Senado A Constituição proíbe que presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos ao posto na mesma legislatura

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse nesta sexta-feira (20) que não está trabalhando por uma proposta que permita sua recondução ao cargo, mas afirmou estar à “disposição” caso algum colega queira se movimentar em prol disso.

“Se alguém quiser trabalhar. A gente não pode atrapalhar as pessoas. Se Deus continuar me dando saúde, se eu continuar tendo uma postura que seja compatível com o que a maioria compreende que é o certo, naturalmente se alguém levantar essa possibilidade eu vou estar à disposição. Mas eu ir atrás não vou atrás não, já cheguei muito longe”, declarou o senador.

A Constituição proíbe que presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos ao posto na mesma legislatura. Para alterar esse quadro, o Congresso precisa aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e, ainda, alterar o regimento das duas Casas.

Alcolumbre tem feito consultas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para saber se a mudança, caso aprovada, poderia valer apenas para o Senado. Nesta sexta, ele frisou que não estava falando da Câmara. “Eu estou falando do Senado, não me envolve com Câmara”, disse, completando que recebe acenos de apoio por parte dos colegas.

Questionado se o apoio viria até mesmo do MDB, Alcolumbre respondeu “todos”, mas rejeitou a ideia de que estaria mais ligado ao grupo do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O presidente do Senado ainda lembrou que os líderes do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho, e no Congresso, Eduardo Gomes são do partido, o que, para ele, apontaria para uma relação próxima do presidente Jair Bolsonaro com a sigla. “Acho que quem está próximo do MDB é o Bolsonaro, não sou eu”, comentou.

Lava Toga

Alcolumbre também disse que em 2020 manterá a postura adotada neste ano de não dar abertura ou apoio a movimentos de senadores que buscam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ou a chamada CPI da Lava Toga. “É a mesma postura adotada em 2019, vamos trabalhar pelo Brasil, isso não vai ajudar o Brasil”, finalizou.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.