Aliados de Serra avançam sobre base de João Doria

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/12/2017 10h59 - Atualizado em 02/12/2017 10h59
Valter Campanato/Agência Brasil Serra, segundo aliados, tem dito que a palavra final sobre o nome de qual tucano estará na disputa pelo Bandeirantes será de Alckmin

Aliados do senador José Serra (PSDB-SP) começaram a garimpar apoio à candidatura do tucano ao governo de São Paulo entre correligionários do prefeito João Doria. O senador, que já se reuniu com prefeitos e deputados do PSDB, agora se aproxima dos vereadores da capital.

Serra e Doria negam publicamente qualquer intenção de disputar o comando do Palácio dos Bandeirantes, mas pessoas próximas aos dois garantem que eles não descartam a possibilidade.

Serra, segundo aliados, tem dito que a palavra final sobre o nome de qual tucano estará na disputa pelo Bandeirantes será do governador Geraldo Alckmin. Até o momento, porém, o chefe do executivo paulista não deu sinais de que pretende se envolver na disputa interna.

Oficialmente, no PSDB, estão disputando a indicação o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e o cientista político Luiz Felipe D’Avila. O ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, disse que também entrará na disputa, mas apenas se Serra desistir da vaga.

Planalto. Nas duas últimas semanas, porém, Serra voltou a dizer a aliados que ainda sonha disputar o Palácio do Planalto em 2018 Segundo relatos, ele teria dito que acha que esta seria a última chance.

Apesar do favoritismo de Alckmin no PSDB, Serra aposta na relação com o Planalto para ser uma alternativa de uma candidatura unificada de centro-direita. O senador tucano é visto no PMDB como um nome que defenderia o “legado” do presidente Michel Temer em 2018. Ele ainda teria como trunfo também a boa relação com o ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD.

Nem mesmo as investigações da Lava Jato assustam o senador que tem dito a aliados que está “tranquilo” em relação as acusações. Se decidir não disputar nenhum cargo, Serra ainda mais quatro anos de mandato no Senado pela frente.

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