Aloysio Nunes nega que impeachment seja golpe: “não há como levar a sério isso”
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reafirmou não ter como prever o andamento dos discursos no Senado.
“Fui o terceiro a discursar. Todos querem falar e é normal que falem. Houve, no início, questões de ordem por parte do PT e aliados. Todas rejeitadas. Havia a expectativa de que o Supremo Tribunal Federal pudesse atender a medida da AGU, mas o Supremo confirmou a legitimidade do processo em curso”, disse.
Para o tucano, não deve ocorrer nenhuma novidade que possa mudar o rumo das discussões e da votação no Senado nesta quarta-feira (11). A respeito de discursos por parte da base governista de que o impeachment seria “golpe”, o senador foi enfático: “não há como levar a sério isso. Não há hipótese nenhuma de golpe”.
Em eventual Governo de Michel Temer, o senador do PSDB ressaltou que o partido irá apoiar. “Apresentamos ao vice-presidente uma carta de princípios que ele concordou. Deixamos ele à vontade para compor seu Governo sem exigir nomeação de ministros, mas vamos trabalhar aqui dependendo das iniciativas que ele for tomar”, finalizou.
O que acontece se impeachment avançar
Caso o processo de impeachment seja aceito em plenário, o Senado Federal brasileiro terá cinco meses para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff. As sessões de julgamento serão presididas excepcionalmente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O julgamento final virá novamente dos votos dos senadores. Se dois terços dos parlamentares (54 senadores) entenderem que Dilma é culpada por crime de responsabilidade, a petista é afastada definitivamente da Presidência e Michel Temer conclui seu mandato até 31 de dezembro de 2018. Se absolvida, Dilma Rousseff retoma a cadeira presidencial imediatamente.
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