Alvim desconfia de ‘ação satânica’ por trás de sua demissão, diz jornal
O ex-secretário da Cultura Roberto Alvim — exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro após gravar um vídeo copiando trecho de um discurso de Joseph Goebbels, principal ministro e ideólogo do nazismo – compartilhou uma mensagem em grupos de WhatsApp na qual diz desconfiar de uma “ação satânica” por trás de sua demissão.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, no fim do texto, ele afirma que está orando sem parar. “Começo a desconfiar não de uma ação humana, mas de uma ação satânica em toda essa horrível história.”
“Afirmo que não sabia que aquela frase tinha uma origem nazista, porque a frase em si não tinha nenhum traço de nazismo, por isso não percebi nada errado ali”, escreve. “Errei terrivelmente ao não pesquisar com cuidado a origem e as associações de algumas frases e ideias”.
Exoneração
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Alvim disse não saber quem havia incluído a adaptação da frase nazista no seu discurso, mas avisou que não faria uma “caça às bruxas” para encontrar um culpado. Afirmou, ainda, que um trecho pode ter sido inspirado na declaração nazista sem que ele soubesse.
Seu desligamento foi confirmado pela Presidência da República no final da manhã de sexta-feira (17) após a repercussão de um vídeo sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes divulgado pelo ex-secretário, em sua conta no Twitter, em que trechos remetem ao discurso de Goebbels.
Bolsonaro convidou a atriz Regina Duarte para ocupar o cargo de Alvim. Ela deve dar a resposta nesta segunda-feira (20). O presidente avalia recriar o Ministério da Cultura para abrigar a artista. A leitura do governo é que o nome dela é muito reconhecido para um status de secretaria.
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