Anac suspende as operações do aeroclube proprietário do avião em que estava Gabriel Diniz
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta segunda-feira (27) que suspendeu as operações do Aeroclube de Alagoas, proprietário da aeronave em que o cantor Gabriel Diniz e mais dois pilotos estavam. O veículo caiu, por razões ainda desconhecidas, e causou a morte dos três tripulantes.
A Anac interditou também as nove aeronaves pertencentes à empresa. Mais cedo, a agência informou que o avião em que o cantor viajava não era autorizado para realizar táxi aéreo, apenas voos de treinamento.
“A aeronave, de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft e de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria Instrução e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de pessoas”, disse.
O serviço de táxi-aéreo é autorizado e fiscalizado pela Anac e só pode ser prestado por empresas que cumpram uma série de requisitos para garantir a segurança no transporte de passageiros. A agência informou ainda que abriu um processo administrativo para apurar possíveis irregularidades em relação à operação da aeronave acidentada. Entre as apurações, estão as condições em que estava sendo feito o transporte de passageiro em aeronave de Instrução, categoria destinada a voos de treinamento.
“Após a conclusão da investigação ou mesmo durante o andamento do processo administrativo instaurado, os responsáveis poderão ser multados e ter licenças e certificados cassados. Além da aplicação de sanções administrativas, a Anac pode encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal”, afirmou a agência.
Aeronave regularizada
A ANAC declarou que a aeronave estava regularizada, com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido até fevereiro de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia até março de 2020.
O avião era de propriedade do Aeroclube de Alagoas e tinha capacidade para três pessoas, mais um tribulante, totalizando quatro assentos. Os registros do avião no site da Agência mostram que o modelo monomotor não estava autorizado para realizar táxi aéreo.
As investigações estão sendo realizadas pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), de Pernambuco (PE), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do Comando da Aeronáutica.
* Com informações da Agência Brasil
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