ANS autua Prevent Senior após acusações de não ter informado pacientes sobre medicamentos
Em depoimento à CPI da Covid-19, advogada Bruna Morato, que defende médicos da operadora, afirmou que eles eram punidos por não recomendarem remédios sem eficácia comprovada
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu 10 dias, contados a partir desta segunda-feira, 27, para a Prevent Senior apresentar sua defesa sobre as acusações que vem recebendo de não ter informado aos pacientes que eles estariam recebendo os medicamentos do chamado “kit covid”. Segundo a ANS, no curso das apurações relacionadas a denúncias contra a operadora de planos de saúde, foram verificados elementos que contradizem a versão inicial apresentada. “Dessa forma, foram constatados indícios de infração para a conduta de ‘Deixar de comunicar aos beneficiários as informações estabelecidas em lei ou pela ANS’, tipificada no art. 74 da Resolução Normativa nº 124 de 2006”, disse a agência. A Jovem Pan procurou a operadora, mas ainda não obteve retorno.
A ANS também informou nesta terça-feira, 28, que segue com as análises de documentos a respeito das denúncias sobre cerceamento ao exercício da atividade médica aos prestadores vinculados à rede própria da operadora. Em depoimento nesta tarde à CPI da Covid-19, a advogada Bruna Morato, que defende 12 médicos e ex-médicos da Prevent Senior que elaboraram um dossiê com denúncias sobre as práticas da empresa, afirmou que os médicos da empresa não tinham autonomia para trabalhar e eram punidos por não recomendarem medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença. A depoente também disse que Anthony Wang e Regina Hang, mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, foram submetidos ao uso destes remédios. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, porém, Hang, que irá depor nesta quarta-feira, 29, afirma que sua mãe poderia ter sido salva se tivesse utilizado o “kit-Covid”.
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