Apesar da queda de casos de Covid-19, Queiroga diz que Brasil ainda vive momento de ‘seriedade’

Ministro da Saúde afirmou que governo permanece atento ao estoque de oxigênio medicinal e aos medicamentos do ‘kit intubação’ no país

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2021 12h10 - Atualizado em 28/04/2021 19h33
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CLÁUDIO MARQUES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 15/04/2021 O ministro da saúde Marcelo Queiroga é visto durante visita ao hospital universitário Romulo Wanderley na cidade de João Pessoa O ministro Marcelo Queiroga falou com a imprensa após reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou, nesta quarta-feira, 28, a queda no número de casos e óbitos pela Covid-19 no Brasil, mas ressaltou que o país ainda vive um momento de muita seriedade no combate à pandemia. Após a reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, o ministro afirmou que o governo permanece atento ao estoque de oxigênio medicinal e aos medicamentos do “kit intubação” nas redes de saúde. “Essa queda tem causado uma menor pressão sob o nosso sistema de saúde e diversos Estados já relatam uma situação mais confortável de disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com isso, há uma menor pressão em relação a insumos estratégicos. Mas, mesmo assim, o governo está atento”, disse Queiroga. Para complementar o estoque, o governo federal recebeu 13 carretas de oxigênio importadas do Canadá pela White Martins. O país ainda conta com medicamentos do “kit intubação” enviados pelo governo da Espanha e com uma doação de remédios realizada por um grupo de empresas liderado pela Vale do Rio Doce.

Sobre as vacinas contra a Covid-19, Queiroga ressaltou que o ritmo de vacinação depende de vários fatores, como a entrega de Ingredientes Farmacêutico Ativo (IFA), originários sobretudo da China, e da entrega dos imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, que sofrem com atrasos por questões logísticas e operacionais. “O governo federal tem se empenhado muito, seja via diplomática em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, seja através de ações diretas com os fabricantes desses insumos”, assegurou o ministro. Por causa do calendário incerto de entrega de vacinas, o Ministério da Saúde atualizará, semanalmente, nas terças-feiras, o cronograma com as doses confirmadas. O ministro se reunirá na sexta-feira, 30, com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, para discutir a disponibilidade mundial de imunizantes e ações para o combate à pandemia no Brasil.

Protocolos de atendimento

Durante a reunião, o comitê discutiu a aprovação do projeto de lei 415/2015, que, entre outras providências, permite a adoção de um protocolo único de atendimento contra a Covid-19. Enquanto o PL não for aprovado na Câmara dos Deputados, o Ministério da Saúde editará notas técnicas, que serão enviadas aos Estados e municípios, com recomendações sobre o tratamento contra a Covid-19. Segundo o ministro, na terça-feira, 27, ele se reuniu com o ministro da Justiça, Anderson Torres, o ministro do Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a política de trabalho da Saúde Suplementar para a Covid-19. Atualmente, cerca de 48 milhões de brasileiros são beneficiários de planos de saúde. “É dever do governo disciplinar uma política nacional para os beneficiários de plano de saúde tenham uma assistência cada vez melhor”, afirmou o ministro. A ideia é padronizar questões que envolvam avaliações para a incorporação de tecnologias e hospitalizações.

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