Após 13 anos foragido, suspeito de assalto ao Banco Central é preso

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2018 11h14 - Atualizado em 14/08/2018 11h18
Polícia Militar do DF/Divulgação Adelino aguardará a audiência de custódia na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Após a audiência, deve ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda

A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu, nesta terça-feira (14), Adelino Angelim de Sousa Neto, o “Amarelo”, de 36 anos, após uma denúncia anônima. Ele, que estava foragido há 13 anos, fez parte do grupo que assaltou o Banco Central em Fortaleza, em 2005. Adelino tinha contra ele um mandado de prisão e era tido como foragido da justiça. A informação é do G1.

Na casa do assaltante, no Paranoá, foi encontrada uma pistola calibre .380 com 12 munições. Ele estava com a mulher e a filha e não resistiu à prisão.

Adelino aguardará a audiência de custódia na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Após a audiência, deve ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda.

Prisão decretada

A prisão de “Amarelo” foi decretada em julho de 2017 pela 12ª Vara Federal de Fortaleza. O mandado era válido até março de 2034. Segundo a decisão judicial, Adelino deve cumprir 18 anos de prisão – a principio em regime fechado – e pagar multa de pouco mais de R$ 3 milhões.

O Ministério Público Federal denunciou “Amarelo” por participação direta no assalto ao Banco Central. De acordo com a investigação da PF, Adelino ajudou integrantes do grupo a “lavar” parte do dinheiro roubado. Ele já havia sido preso em setembro de 2006, mas conseguiu a liberdade em novembro do mesmo ano, junto de outros quatro participantes.

O assalto

O cinematográfico assalto ao BC de Fortaleza, realizado em agosto de 2005, aconteceu na madrugada de uma sexta-feira (5) para um sábado (6). De acordo com a PF, R$ 164,7 milhões foram subtraídos dos cofres. Como o roubo aconteceu em um final de semana, só foi descoberto mais de 48 horas depois, na segunda-feira (8). Não houve vítimas.

O chefe do bando e mentor do crime, Antônio Jussivam Alves, conhecido como “Alemão”, foi condenado por diversos crimes – entre eles lavagem de dinheiro e formação de quadrilha – a mais de 100 anos de prisão.

A invasão ao BC aconteceu por meio de um túnel, que demorou aproximadamente três meses para ser escavado. Com 80 metros de comprimento, 70 centímetros de largura e três metros de profundidade, a estrutura continha iluminação elétrica e até um sistema de ar-condicionado.

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